O cenário político atual na Paraíba reflete uma complexidade gigante que conduz para a necessidade de muitas articulações para a eleição de 2026. O governador João Azevedo tem a difícil missão de equilibrar interesses de diversos partidos dentro do seu arco de alianças, garantindo que cada um se sinta contemplado sem comprometer a unidade do grupo. A reunião na Granja no último sábado foi o primeiro passo. Vamos fazer algumas observações do encontro:
O direito do PSB
Algum destes partidos tem o direito de cobrar duas vagas na chapa de 26 ? Este direito seria do próprio PSB do governador João, pois faz um governo nota 9 e está bem avaliado pelos paraibanos. Mas João não quer fazer valer sua hegemonia – tudo em nome da unidade.
Deusdete fora
Outra observação marcante da reunião foi a ausência do secretário Deusdete o que se deduz que ele é carta fora do baralho. Por consequente o governador deixa claro, não levando Deusdete, que vai mesmo disputar o senado.
Cícero prioriza Mercinho
Outra informação da reunião da conta que o prefeito Cícero teria afirmado que não seria problema na composição na chapa e que colocou o nome do deputado Mercinho como sugestão para vice ou senador.
Adriano Galdino falou tudo
O presidente da Assembleia foi quem mais falou na reunião e disse tudo que pensa e deseja. Cobrou reciprocidade de todos os presentes na reunião ( olho no olho ) mostrando que chegou a vez dele ser reconhecido e escolhido para ser o candidato a governador. “Só abro mão para Hugo Motta” disse.
Os desafios principais
1. A disputa por espaços – A formação da chapa passa pela distribuição das vagas de governador, vice e senador. O Republicanos reivindica duas vagas, o que gera tensão com outros aliados. O PSD e o PP, por sua vez, priorizam a cabeça da chapa.
2. O papel do governador – João Azevedo pode ser candidato ao Senado, mas isso depende do desenho final da chapa. Caso ele assuma essa posição, precisará reorganizar os espaços entre os aliados.
3. O peso da vice-governadoria – A possibilidade de Lucas Ribeiro (PP) assumir o governo por nove meses antes da eleição fortalece sua candidatura a reeleição. O dono da caneta por 9 meses só perde se quiser.
4. As múltiplas pré-candidaturas – Com nomes como Adriano Galdino, Lucas Ribeiro, Cícero Lucena e até Hugo Motta que é hoje o nome individual mais forte, terão que passar pelo crivo popular (pesquisas) etc. Os grupos e partidos aceitarão a vontade do povo paraibano?
O consenso e o desafio final
O único ponto pacífico na reunião é que, unidos, os aliados vencem a eleição. Mas é bom frisar que dificilmente vão eleger o governador e os dois senadores. A história da Paraíba está cheia de exemplos do passado. Lembremos também que um mesmo grupo está vai está no poder 16 anos. !!!