Com as manifestações em prol da Educação e os inúmeros desencontros entre o Planalto e parlamentares no Congresso Nacional, a popularidade do governo Bolsonaro começa a dar sinais mais evidentes de erosão. Diante do cenário, apoiadores do presidente decidiram convocar, por meio das redes sociais, uma manifestação para o dia 26 de maio, iniciativa que rachou ainda mais sua base.
A deputada estadual do PSL de São Paulo Janaina Paschoal classificou o movimento como mostra de “irresponsabilidade”. O líder do Movimento Brasil Livre (MBL) e deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) passou a ser alvo de bolsonaristas por se opor aos movimentos, chegando a reclamar de ser chamado de “comunista” por sua postura. O movimento de empresários intitulado Brasil 200, também manifestou seu desagrado e afirmou que não vai apoiar os protestos em defesa do governo.
Brasil, diversas personalidades deste segmento, que aderiram de forma pragmática a Bolsonaro na campanha de 2019, já iniciam um movimento de afastamento. Isso porque o clima de conflagração e a falta de diálogo comprometem a viabilidade dos principais pontos da agenda desse segmento.
“Bolsonaro está entre a cruz e a espada: ou ele aposta nesse vínculo com essas pessoas ou então, para poder governar, acaba se ‘normalizando’ um pouco e em decorrência disso perde o vínculo com elas. É uma escolha que ele faz. Ao não se ‘normalizar’, muitas pautas da nova direita, como a da reforma da Previdência, acabam saindo do foco do governo”, pontua.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Polêmica Paraíba
Fonte: DCM
Créditos: Glauco Faria