A aparição da ex-Primeira Dama, Pâmela Bório, nos atos terroristas do último domingo chamaram a atenção do Brasil. Como pode a ex-mulher de um ex-Governador filiado ao PT, estar apoiando Bolsonaro?
Pivô de muitas polêmicas nos últimos anos, Pâmela é figurinha carimbada no meio político e nas rodas de fofoca do estado, com suas brigas e opiniões fortes que causam muito barulho por onde passa.
Nessa matéria nós iremos elencar as principais polêmicas da vida de Pamela e como suas ações reverberaram na Paraíba.
CASAMENTO COM RICARDO COUTINHO
Segunda colocada no concurso de Miss Bahia em 2008, Pâmela Bório veio para a capital no ano anterior, para trabalhar na TV Tambaú, afiliada do SBT no estado. Na emissora, começou a fazer sucesso no programa Feminíssima. Após um ano, assumiu a bancada do telejornal Tambaú Notícias, onde atuou como âncora.
No final de 2009 começou a surgir na imprensa, rumores que ela estaria namorando o Prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, no ano seguinte o relacionamento se tornou público, e Pamela virou mãe e primeira-dama em 2010, com a chegada de Henry e a vitória de Ricardo contra José Maranhão na disputa pelo Governo.
As brigas começaram a aparecer no ano de 2013, o Ministério Público da Paraíba abriu uma investigação para apurar supostas irregularidades em despesas realizadas pela Casa Civil da Paraíba para a Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa, onde moraram Pâmela e Coutinho. O processo de improbidade administrativa foi encaminhado para o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e segue em aberto.
A auditoria do Tribunal de Contas apontou que algumas das despesas teriam sido encomendadas pela então primeira-dama. Segundo o TCE, ela teria solicitado produtos de cama e acessórios para o quarto do filho, em um total de R$ 18,5 mil, pedindo os orçamentos diretamente às lojas, dando prioridade ao seu gosto pessoal, ao invés do menor preço, e tudo sem licitação.
Durante a campanha de reeleição de Coutinho, em 2014, um vídeo com uma discussão do casal foi divulgado na internet.
Mesmo quando ainda era casada com Coutinho, a ex-primeira dama costumava publicar nas redes sociais textos com duros ataques a Lula, Dilma e ao PT, aliados históricos do ex-marido.
Na disputa de segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves na eleição presidencial de 2014, Pâmela declarou publicamente que não votaria na petista.
SEPARAÇÃO E BRIGA PELA GUARDA DO FILHO
No começo de 2015 começaram a aparecer vários rumores de uma possível separação do casal, e isso só confirmou no final do mesmo ano, com Pâmela entrando com o processo de divórcio na justiça. Durante os próximos dois anos, diversas brigas entre o ex-casal, se tornaram públicas, por motivos variados, mas principalmente a guarda do filho Henry.
Em janeiro de 2018, Pâmela Bório moveu ação contra o governador, com base na lei Maria da Penha. O processo no STJ inclui uma denúncia de 2015, em que a ex-primeira-dama afirma ter sido agredida por duas parentes de Ricardo Coutinho após uma discussão na Granja Santana, residência oficial do Governador da Paraíba, em João Pessoa. Ela registrou um boletim de ocorrência na época.
Nesse mesmo ano, ela foi denunciada por tentativa de homicídio pela babá de seu filho na época. Porém, a ex-primeira-dama afirmou que teria sido agredida com chutes, empurrões e arranhões pela mulher. Pâmela disse, ainda, que foi socorrida por seu irmão, que chegou no momento da briga.
Em 2017, uma decisão do juiz da 1ª Vara Cível, Josivaldo Felix de Oliveira, determinou que publicações da ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório sobre Ricardo Coutinho fossem excluídas de redes sociais. A determinação prevê multa diária de R$ 500 em caso de descumprimento.
No ano seguinte, em 2018, Pâmela Bório derrubou um portão ao invadir a granja do governador Ricardo Coutinho. Ela afirmou que isso aconteceu quando tentava sair de maneira brusca do local, temendo algum tipo de agressão. Ela foi absolvida do crime de dano qualificado pelo juiz José Guedes Cavalcanti Neto, em 2019.
NUDES VAZADOS
Em 2017 uma bomba explodiu na internet paraibana. Fotos íntimas de Pâmela Bório dominaram os portais e os grupos de Whatsapp. Mais uma vez, a ex-Primeira Dama, acusou Coutinho de ser o mandante por trás do vazamento dos nudes.
Ela justifica suas desconfianças relembrando que teve uma briga com parentes do ex-marido, ocasião que teria tido seu celular furtado. Ela afirmou acreditar que o roubo do celular foi para “forjar justificativa de vazamento” das fotos íntimas.
Ricardo sempre negou às acusações, e processou a ex-mulher, a acusando de repetida prática de perseguição.
DISPUTAS ELEITORAIS EM 2018, 2020 e 2022
No auge das polêmicas com Ricardo, Pâmela Bório foi candidata nas eleições de 2018, alcançando 11.120 votos, resultado que lhe daria a vaga de suplente de deputado federal pelo PSL, partido de Jair Bolsonaro.
Ela teve o diploma cassado, em 2019, pelo TSE. A decisão foi justificada pelo fato do divórcio entre ela e Ricardo Coutinho ter sido finalizado apenas no ano de 2015, durante o 2º mandato do ex-governador. Por isso, o tribunal considerou Pâmela inelegível.
Pâmela tentou se eleger vereadora da capital em 2020 pelo Patriotas, mas teve uma eleição abaixo do esperado, tendo apenas 1.375 votos. Em 2022, a ex-Primeira-Dama tentou mais uma vez, ser eleita Deputada Federal, mas conseguiu ter um desempenho pior que a sua candidatura a Câmara Municipal, atingindo míseros 1,373 votos, quase 10 mil votos a menos, que em 2018.
PARTICIPAÇÃO NOS ATOS GOLPISTAS
A sua última grande polêmica atravessou as fronteiras do estado. Pâmela participou da invasão terrorista a Praça dos Três Poderes em Brasília, no último dia 8 de janeiro, acompanhada do filho de apenas 12 anos.
Sua participação causou rebuliço em todo o país, com matérias extensas em jornais de todas as emissoras do país e reportagens investigativas em portais como UOL e Globo.
Pâmela disse que estava em Brasília trabalhando como jornalista, mas suas ações postagens nas redes sociais, a desmentem e provam quais seriam suas reais intenções na capital federal.
Pâmela está até o momento dessa matéria em paradeiro desconhecido e investigada pela Polícia Federal, como uma das mandantes e prováveis financiadoras dos atos que abalaram a democracia brasileira.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba