“As últimas eleições foram uma fraude. Pela mentira, violência, abuso do poder econômico e pelo uso de caixa 2”, afirmou a pré-candidata do Rede Sustentabilidade, Marina Silva em entrevista ao Metrópoles. A presidenciável foi sabatinada pela diretora de Redação, Lilian Tahan, e pelo colunista Caio Barbieri.
Ocupando, mais uma vez, as primeiras posições na corrida presidencial, Marina ainda não fez grandes acordos partidários que poderiam garantir um maior tempo durante a propaganda eleitoral obrigatória nas TVs e rádios. “É uma postura política, porque nossas alianças não serão apenas para ter tempo de TV e estrutura de palanque. A grande aliança que se precisa fazer é com a sociedade brasileira, só a sociedade pode fazer as mudanças que o Brasil precisa”, afirmou.
A pré-candidata da Rede tentou, ainda, mostrar-se como uma nova opção para o eleitor brasileiro. “O voto não pertence a mim, ao Lula ou ao Bolsonaro, o voto é do cidadão. Vou lutar para convencer a população de que um novo alinhamento político precisa acontecer. Lutar para que os cidadãos compreendam que quem criou o problema não é quem vai resolver”, completou.
Mágoa do PT
Atacada fortemente pela militância petista durante as eleições de 2014, Marina garantiu que não guarda mágoa de seu ex-partido. “Como diz a Bíblia, é preferível sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. Não guardo mágoas, mas confesso que fiquei surpreendida quando soube que os canhões no PT estavam voltados para me aniquilar. Jamais revidaria na mesma moeda, porque você pode se transformar naquilo que você combate”, explicou.
Questionada sobre o Projeto de Lei nº 6299/02, um pacote de mudanças na fiscalização e controle de agrotóxicos no Brasil, batizado de PL do Veneno, que foi aprovado na última semana no Congresso Nacional. a pré-candidata afirmou ser contra. “O Brasil não precisa lançar mão de ações contrárias ao interesse público e ao meio ambiente. Isso não é defender o agronegócio”, completou.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Larissa Rodrigues