A Polícia Civil já tem filmagens fornecidas por câmeras de pelo menos 15 imóveis que registraram imagens do homem suspeito de assassinar o ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, executado a tiros na manhã desta quarta-feira (09) no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Segundo a responsável pelas investigações, a delegada Vanderleia Gadi, nenhuma linha de investigação foi descartada, nem a hipótese de motivação política.
De acordo com a delegada, as imagens coletadas pela polícia vão contribuir para a elucidação do crime. “Não tem nenhum suspeito. Tem muita especulação, mas isso é comum em crimes de grande repercussão. Estamos analisando as imagens, que são muitas, para identificar o atirador. São 15 imóveis que forneceram vídeos do atirador”, ressaltou.
A delegada ressaltou, no entanto, que é cedo para apontar uma linha de investigação. Ela não descartou nenhuma possibilidade, nem motivação política. “Como eu tenho dito, não tem nenhuma linha descartada, e certamente a possibilidade de crime político é uma possibilidade. Tudo é possível, mas não tem nada definido. Não há nenhuma linha específica”, disse.
A delegada Valderleia Gadi acrescentou que familiares e amigos do ex-prefeito ainda serão ouvidos, mas somente após o velório e enterro do político. “Achei mais oportuno que eles possam se despedir nesse momento de pandemia, que é exíguo”, ressaltou.
O ex-prefeito
Expedito Pereira de Sousa tinha 72 anos. Além de político, era médico gastroenterologista e clínico geral. Ele nasceu em Bonito de Santa Fé, no Sertão paraibano, e foi morar em Bayeux na década de 1960. O ex-prefeito chegou a ser preso durante a ditadura militar por participar de movimentos estudantis.
Pereira formou-se médico e biólogo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Também exerceu a função de secretário de saúde da cidade de Santa Rita, mas deixou o cargo para se candidatar a vice-prefeito de Bayeux na chapa com Lourival Caetano. Assumiu a prefeitura pela primeira vez em em 1992 após a morte de Lourival, sendo eleito em 1996 e reeleito em 2000. Ele foi cassado em 2002. Foi suplente de deputado estadual e assumiu o mandato em 2009, no governo de José Maranhão. Em 2012, foi eleito para o 4º mandato de prefeito de Bayeux.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba