Wilson Braga: jogo duro diante de Jussara, a fênix da Sanhauá
O deputado estadual Wilson Braga, ex-governador do Estado, acaba de tomar uma decisão radical na sua vida: delegou ao escritório do advogado Johnson Abrantes a tarefa de desalojar do comando da Rádio Sanhauá, a Executiva Jussara Moreno co-adjuvada do filho – Thiago Moreno Braga, gerando crise em nível inimaginável, sobretudo para a fase de vida do líder político.
A causa do problema é a decisão da Executiva e sócia Jussara Moreno de abrigar na emissora em três horários do Jornalismo 6 às 8h00, 12 às 14h00 e 18 às 19 h00 programas com profissionais liderados pelo experiente e conceituado multimídia Gutemberg Cardoso, que por ironia do destino o conheci no final dos anos 70, inicio dos anos 80 em diante sendo “cabo eleitoral” de Wilson Braga.
A reação do ex-governador, primeiro mandatário da rádio, se deve ao argumento de que não aceita os profissionais convidados nem o estilo dos programas porque abrigam lideres políticos e assuntos que contrariam o Governo Ricardo Coutinho – este, através de diversos representantes – nutrindo a rixa (e a ameaça de cortar favores ao líder político), se a emissora continuar com a linha editorial em curso.
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Poucos sabem, mas uma das condições para Jussara Moreno optar por um jornalismo mais polêmico, foi a garantia de ter espaços para o Governo Ricardo e seus aliados, tanto que o Vice Rômulo Gouveia participou da estréia, dias atrás. Este foi e é o entendimento posto em prática por Gutemberg, mas que paga o pato pelo fato de ter profissionais de comunicação com visível conflito de relacionamento com o governador. Mas tem os favor de RC.
Adicionado a este panorama, ainda tem o caso especifico de Antonio Malvino, multimídia veterano da casa, que se sentiu desalojado com a nova dinâmica, embora Jussara e Gutemberg tivessem tido com ele entendimentos para a superação deixando-o no comando da rede de Rádios no programa das sexta-feiras e ao meio-dia normal.
Aliás, é este ultimo componente – a Rede Rádio diária em todo estado, mesmo com som AM precário em alguns bairros da Capital e ainda sem Campina Grande – que tem levado a equipe do Governo à loucura querendo de todo o jeito tirar os programas do ar. É como se fosse pecado ter algum espaço onde se possa debater ou expor problemas no Estado, algo que quando parlamentar o atual governador dizia ser indispensável na vida política.
Ao assumir a crise em nível desnecessário, é este papel a que se presta o líder Wilson Braga, homem experiente, mas que tem nos últimos tempos da vida política cedido de forma sofrível aos ditames dos Governos de Plantão tirando de sua trajetória a possibilidade de manter-se altivo, soberano politicamente, não contra Jussara, esta desde os 16 anos lhe dedica atenções insuspeitas, mas diante de sua própria condição de Homem Público, que bem poderia estar hoje superando a mesquinhez, o jogo sujo contra si próprio ao assumir a conspiração porque um dia a História provará ter sido escolha errada ceder inteiramente a dignidade do jornalismo em troca de favores a sumirem rápido, como se fossem éter.
O ex-governador canta vitória, mas Jussara opta pela serenidade, pelos documentos dispostos em seu Poder, confiando plenamente a manutenção da Justiça liquida e certa.
A Rádio Sanhauá, de tantos problemas como outras empresas, pela primeira vez tomou decisão de soerguer-se, superar-se, mas encontra dentro da própria casa os malefícios que só não serão maiores do que o Direito, a Justiça e a decisão de gente firme e iluminada para a existência ainda da emissora como de Jussara e Thiago para impedir, isto sim, o fim da emissora.
Triste Paraíba de retrocessos renovados, como se por aqui houvesse uma caveira de burro enterrada impedindo o soerguimento, a liberdade em favor desta gente paraibana!
COMO RESOLVER
É simples, basta se dispor a sentar à mesa e nela com civilidade encontrar meios de assegurar espaços – já assegurados – para que o governador e seus defensores possam ocupar tempos com suas falas, algo concebido e aceito desde o começo.
Ora, se há essa garantia, por que a submissão, enfim entregar-se de joelhos a uma condição efêmera mas que fere tanta a harmonia da familia misturada com guerra que não vale à pena.
EM TEMPO
Embora não goze da intimidade , gosto de Wilson Braga da mesma forma que defendo a existencia garantida de espaços para Ricardo nos programas. Repito: isto já ouvi do comando da emissora.
Agora, esse desfecho seja qual for está deixando o ex-governador mais frágil do que possa parecer. Como se diz lá na Torre, está perdendo o bonde da história.
ULTIMA
“O que antes era jovem/ hoje é antigo/
e precisamos todos rejuvenescer…”
