O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, divulgou através de sua assessoria de imprensa, nesta sexta-feira (6), uma nota em que tenta se dissociar dos atos golpistas promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e que chega a cortejar o novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Considerado um ícone do bolsonarismo, o “Véio da Havan”, como é conhecido, está banido das redes sociais por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos por, inúmeras vezes, ter incentivado ações golpistas em prol de Jair Bolsonaro. Contumaz divulgador de fake news, o empresário, com a guinada, aparenta estar tentando evitar a prisão em meio à investida do STF contra bolsonaristas que insistem em ações contra o Estado Democrático de Direito.
“Sempre torci e continuo torcendo pelo melhor para o Brasil e para os brasileiros. Estive na campanha em prol de um projeto a favor de um estado menor, com menos burocracias e mais empregos. Meu interesse nunca foi em ser político, mas lutar por uma causa que atenda a toda a população. Sempre disse que posso ter concorrentes de ideias, mas jamais inimigos pessoais”, prossegue.
Terno verde e amarelo aposentado
A mudança de postura de Luciano Hang pode ser percebida até mesmo no vestuário do empresário. Nas últimas aparições públicas que fez, ele estava sem o famoso terno verde e amarelo que o acompanhava para onde ia.
No dia 29 de novembro, às vésperas da posse de Lula, o Véio da Havan já havia demonstrado que estava abandonando o barco do bolsonarismo golpista. Durante a campanha eleitoral, ele havia dito que deixaria o Brasil caso o petista ganhasse o pleito, em uma tentativa de estimular os fanáticos contra o resultado das eleições.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum