Vida pública de Cássio Cunha Lima no “mainstream” da política paraibana se aproxima do fim
Por Aldo Ribeiro
Dinheiro voador, mandato cassado, boca livre de R$ 7,5 mil, super-salário. O Trovador. Reza a lenda, que na SUDENE, trabalhou contra a transposição do São Francisco. Segundo Fernando Reis, executivo da Odebrecht, desejava privatizar a CAGEPA em troca de favores.
Uma das figuras centrais no impedimento da presidenta Dilma. Unha e carne do “irmãozinho” Aécio Neves. No pós-impeachment, votou a favor da abusiva reforma trabalhista. Virou aliado do golpista Michel Temer. Tem até vídeo circulando na rede: “que possamos mais uma vez, de forma calorosa e efusiva, acolher o presidente Michel Temer. Uma salva de palmas, que ele merece”.
Um oportunista. Articulou o golpe, e apresentou-se como parceiro do governo. Vendo o frágil castelo de cartas desabar, descolou-se da imagem do seu irmãozinho, assim como do vampirão.
Acreditem, virou um tenaz crítico de Temer. Do nada, esqueceu-se que ajudou a colocá-lo no poder, e em meio ao caos da paralisação dos caminhoneiros, rasgou o verbo contra o governo federal e a Petrobrás. Levou um sonoro “populista barato” em rede nacional do jornalista Reinaldo Azevedo.
Eleições 2018. A vida do senador não está nada fácil. Malditas redes sociais. Vade-retro zap zap. Como rastilho de pólvora, vídeos e links se multiplicam, chegando aos mais longínquos recantos do estado. Aos mais humildes da base. Seu Zé e Dona Maria lá do pé da serra, já assistiram. Ficaram decepcionados com o “menino”. Beijo e abraço já não os convence. Palavras bonitas em voz de veludo também não.
Ricardo Coutinho. Você pode até não concordar com o estilo de governar ou com sua corrente ideológica. Mas uma coisa você não pode negar: não é oportunista. Teve várias chances de se aproveitar do linchamento público do PT financiado pela grande mídia. Não fez. Não só não fez, como num discurso histórico em Monteiro, afrontou o golpista vampiro que estava no palanque. Continua sendo um defensor de primeira hora no campo progressista. Não mudou de posição ao sabor do vento. Coragem pra fincar o pé no que acredita, mesmo que isso possa lhe custar capital político. Percebem a diferença?
Insisto. Abramos os olhos. As aves de rapina, ávidas pelo poder, querem voltar. Renovam os quadros, mas não renovam as práticas. A hora é de seguir em frente!
“Vai abrir uma janela de oportunidade, esteja pronto de verdade pra saltar! Bora?”
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Por Aldo Ribeiro