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Vereadora adere ao “Lenço Solidário” e apoia brechó para pacientes com câncer

Elisa se comprometeu a usar lenços cor de rosa na cabeça, durante todo o mês de outubro, em seus compromissos legislativos

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A vereadora Eliza Virgínia (PSDB) se comprometeu a usar lenços cor de rosa na cabeça, durante todo o mês de outubro, em seus compromissos legislativos dentro e fora da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Eliza também anunciou nesta quinta-feira (16), apoio ao 1º Brechó Solidário da Associação Esperança e Vida, que atende crianças, jovens e idosos acometidos pela neoplasia.

A iniciativa “Lenço Solidário” sensibilizou a parlamentar, que pretende chamar a atenção da sociedade, empresas, órgãos públicos e entidades para a importância das ações voltadas para a prevenção, trato e diagnóstico precoce do câncer de mama.

“Fiquei sensibilizada ao perceber que muitas mulheres com câncer têm problemas para se adaptarem ao uso do acessório, pois a doença acaba afetando não só a saúde, mas a autoestima e a vaidade. Vi um exemplo em que as amigas de uma paciente acabaram usando o lenço e quis fazer igual. A mulher é um exemplo de perseverança, devemos ter fé, unir forças e lutarmos todos os dias, e no caso do câncer, mais ainda”, sugeriu Eliza, chamando a população a aderir à moda.

A vereadora anunciou também apoio ao 1º Brechó Solidário da Associação Esperança e Vida. O evento recebeu a adesão da CMJP em nome da parlamentar, e a previsão é de que seja realizado de 27 a 29 deste mês, dentro das atividades alusivas ao “Outubro Rosa”. Ela recebeu a assistente social da Associação, Géssica Santos, nesta quinta-feira (16) na CMJP para viabilizarem o Brechó.

“Vamos solicitar que o evento possa ser realizado no Ponto de Cem Réis e o apoio da CMJP é importantíssimo pra que consigamos o máximo de adeptos às nossas iniciativas. Tudo que for arrecadado no Brechó Solidário servirá também para as atividades de fim de ano da entidade, como o Natal”, comentou Géssica Santos.
Frente da CMJP lança Voto de Repúdio à Portaria 1.243 do MS

Ainda com relação às políticas públicas voltadas à saúde da mulher, Eliza Virgínia adiantou que, junto à vereadora Raíssa Lacerda (PSD) e à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres e de Enfrentamento à Violência Doméstica da CMJP, emitiu um Voto de Repúdio à Portaria nº 1.243, do Ministério da Saúde (MS). De acordo com a norma, o exame fica limitado a uma única mama para mulheres a partir de 40 anos e liberado para as duas, caso a paciente tenha 50 anos ou mais.

“As mulheres agora terão que tirar a sorte para escolherem em qual mama farão o exame. Queremos chamar a atenção para a perda de direitos conquistados em 2013. Esperamos que a nota de repúdio ao MS consiga ser mais uma força para a mudança dessa portaria, que fere o principio constitucional da proibição do retrocesso, reduzindo o acesso às mulheres de se precaverem contra o câncer de mama”, justificou Eliza Virgínia no documento.

A Portaria nº 1.253, editada em novembro de 2013 pelo MS, restringe o repasse de verbas da União aos municípios a mamografias em pacientes na faixa etária de 50 a 69 anos. A medida contraria a Lei nº 11.664/08, em vigor desde 29 de abril de 2009, segundo a qual todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos.

Além disso, a Portaria nº 1.253 refere um procedimento condenável pelos médicos: a meia mamografia, denominada mamografia unilateral, isto é, exame em apenas uma das mamas. Pelo que estabelece o texto, os municípios têm a opção de arcar sozinhos com o custeio de mamografias para mulheres com até 49 anos e podem remunerar somente a mamografia unilateral.
Entenda as consequências

Diante do subfinanciamento da saúde no Brasil, com diminuição progressiva da participação da União no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS) e consequente oneração dos municípios, na prática a referida portaria nega às mulheres com até 49 anos a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama.

A mamografia é um exame que exige a comparação das duas mamas. Com a publicação da Portaria, pode-se interpretar que é possível realizar a mamografia unilateral. Mas não há como selecionar um dos lados a examinar sendo que a lesão procurada muitas vezes não é palpável. Tampouco se pode admitir a espera de que o tumor cresça para se examinar a mama com maior chance de câncer. Além disso, a chamada mamografia unilateral reduziria pela metade o número de casos diagnosticados.