O vereador Lucas de Brito (DEM) afirmou, em seu pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (26), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), que a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) descumpriu os prazos previstos no edital para seleção de projeto de montagem do espetáculo teatral Paixão de Cristo a ser realizado em 2014, na Capital. “Eu não gostaria de estar ocupando esta tribuna na véspera do Dia Mundial do Teatro para reclamar de uma política pública da Funjope para esse segmento”, disse.
Lucas de Brito explicou que o órgão da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) lançou a seleção no início deste ano, e, no cronograma, constava a divulgação em 12 de abril do resultado provisório com os selecionados, cabendo recursos até a posterior divulgação do resultado final. No entanto, no mesmo dia, a diretoria executiva da Funjope noticiou como certa a escolha de um dos projetos, o que, segundo o vereador, torna suspeito o andamento do certame.
O democrata narrou outras irregularidades na seleção. “Ainda no prazo do recursos, a Prefeitura já começou os testes para selecionar o elenco que iria encenar o projeto escolhido, e, além disso, a comissão julgadora também não foi reformulada de um ano para o outro, o que é esperado, para que os mesmos projetos não sejam escolhidos. Dois dos três integrantes foram mantidos”, observou.
Lucas de Brito também denunciou que os demais concorrentes para a montagem do espetáculo da Paixão de Cristo 2014 reclamam que estão sendo negados os pedidos de acesso aos documentos por parte da Funjope. “Onde fica a transparência da PMJP? Qual é o respeito e o compromisso que o prefeito Luciano Cartaxo (PT) tem com o segmento cultural e, especificamente, com o teatro, a partir do momento que os prazos do edital são atropelados e se faz uma seleção de elenco ainda no prazo de recursos, sem que haja o resultado definitivo? Essas informações sobre a seleção já deveriam até constar no Portal da Transparência, que, aliás, é uma verdadeira enganação e um engodo que não disponibiliza nada”, reclamou.