Veneziano volta a lamentar ausência de ações do Governo do Estado contra seca

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Em visita à cidade de Patos nesta terça-feira (09), Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) concedeu entrevistas, manteve encontro com o ex-prefeito Nabor Wanderley e com a atual prefeita, Francisca Motta, conversou com lideranças e andou pela cidade, cumprimentando as pessoas. Nas ruas, Veneziano ouviu relatos de problemas causados pela estiagem que assola a região e constatou a completa ausência de ações do Governo do Estado para minimizar os efeitos da seca na região.

Veneziano criticou o Governo do Estado por priorizar a verba de mídia do governo, em detrimento da necessidade de resolver problemas ocasionados pela seca. “É mais fácil para o governador gastar, como ele vem fazendo, cerca de R$ 100 mil por dia com mídia e reservar menos de R$ 700 mil ao ano para investimentos em ações que minimizem os efeitos da seca”, afirmou.

Durante a passagem por Patos, Veneziano conversou com lideranças da região e ouviu queixas das mais diversas, em relação à completa ausência do Governo do Estado. “Nós estamos esquecidos, não há ações do Governo do Estado na região”, disse o vereador Salomão Gomes (PR), de São José de Espinharas, cidade que fica na região de Patos.

A Prefeita Francisca Motta também lamentou a discriminação do Governo do Estado com Patos e região. Ela citou o caso do Hospital Regional da cidade, que foi abandonado pelo governo. “O hospital funciona de forma muito precária. Nos finais de semana, se alguém adoecer, só resta rezar pra que dê tempo de chegar em Campina Grande, porque o hospital fica sem médico”, disse ela.

O ex-prefeito de Patos, Nabor Wanderley também lamentou a ausência do Governo do Estado. Ele lembrou que as obras que Patos tem atualmente são de iniciativa da Prefeitura ou do Governo Federal, através da atuação do Deputado Federal Hugo Motta e do Senador Vital do Rêgo, a exemplo do Canal do frango. “Do Estado não temos nada em Patos. Aqui a ausência do Governo do Estado é sentida em todo canto”.

Rebanhos dizimados – Veneziano lembrou que 60% dos rebanhos de bovinos, ovinos e caprinos foram dizimados e que o Governo do Estado, mesmo diante dessa calamidade, não adota providências para minimizar o sofrimento do sertanejo. “A seca é um problema real, mas não nos proíbe de ter soluções para a convivência com ela. O que não é aceitável é observarmos um estado que não se prepara”.

Nas ruas, Veneziano ouviu relatos de pessoas insatisfeitas com a ausência de ações por parte do Governo do Estado e lembrou que, para se preparar para a seca que virá no ano que vem, nada está sendo feito agora. “Em 2014 já teremos água da transposição do São Francisco. Quais foram, até agora, as medidas preparatórias que o Governo do Estado tomou para receber estas águas? Não tem, amigo”.

Ele alertou para a necessidade de preparar açudes e barragens, para que a seca do ano que vem não seja tão maléfica para o sertanejo como está sendo a desse ano. “Os açudes precisam ser saneados e desassoreados. Hoje você não vê aqui na região de Patos e em toda a Paraíba nem medidas paliativas. É uma prova da insensibilidade do governador. Imaginar que o governo destina R$ 100 mil por dia para a mídia e menos de R$ 700 mil por ano para ações de combate aos efeitos da seca é desumano, é um atentado à consciência cidadã e, lamentavelmente, é isto o que está acontecendo na Paraíba”.