Em ampla entrevista neste final de semana, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e pré-candidato a prefeito de Campina Grande, rebateu a questionamentos recentes da atual secretária de Saúde da gestão tucana em Campina que prefere gastar 100 milhões com apadrinhados políticos, mas alega não ter recursos para demandas básicas da saúde como a conclusão da UPA porte II e a implementação das reivindicações dos servidores da saúde que custariam ao erário público R$1,2 milhão.
Veneziano lembrou que o conselheiro Nominando Diniz, relator das contas da Secretaria de Saúde, apontou várias irregularidades, destacando a desorganização na gestão, que realizou despesas sem licitação no montante de R$ 11,5 milhões, excesso na contratação de servidores por excepcional interesse público e a falta de registro nominal dos servidores do município, assim como dos contratados, no sistema Sagres do Tribunal de Contas. Os gastos com as contratações chegaram a R$ 47 milhões em 2013 e R$ 53 milhões no ano de 2014.
Para Veneziano, não adianta o prefeito vir à imprensa dizer que contratou quase 4 mil funcionários por excepcional interesse público (EIP), “quando sabemos que tudo vem ocorrendo às vésperas do período eleitoral. Na nossa gestão, basta qualquer um acessar o Portal de Tribunal de Contas, no Sagres, para constatar que tínhamos, exatamente, apenas quatro funcionários contratados por excepcional interesse público, além de 310 comissionados. Na atual gestão do PSDB, já são 3.595 pessoas contratadas sem concurso público, num absurdo jamais visto em nenhuma Prefeitura brasileira”.
“Nós estamos chegando ao final dessa gestão e ainda tentam o prefeito e os seus responsabilizar a nós. Qual é a responsabilidade que tenho eu, se o prefeito decidiu gastar R$ 100 milhões com contratação de pessoal, quando a UPA porte II por força da ausência de pessoal está fechada. Quando você tem 25 categorias da saúde reivindicando melhorias que gerariam somente R$ 1,2 milhão. Então eu lastimo essa prioridade do prefeito”, afirmou Veneiziano.
Sobre seu posicionamento favorável a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Roussef no último domingo (17), explicou que respeita as opiniões e ressaltou que o momento delicado que o Brasil enfrenta sugeriu equilíbrio e moderação.
Ainda durante a entrevista a Rádio Cidade Esperança AM, ele observou que muitos brasileiros não estão sabendo diferenciar a decisão da Câmara dos Deputados esclarecendo que os senadores que irão julgar se a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade fiscal.
“Muitas pessoas imaginam que a presidente Dilma Rousseff foi condenada pela Câmara dos Deputados e que esse juízo de admissibilidade significa por si uma condenação, e não é. O papel da Câmara dos Deputados no domingo foi de dizer se havia provas indiciárias suficientes para um julgamento. Julgamento esse que vai ser feito pelos senadores da República dependendo do que a Comissão do Senado dirá, depende-se também de 41 votos que serão alcançados para acolher o que a Câmara decidiu”, disse.
O deputado federal lembrou que continua trabalhando por Campina seja na perfuração de poços artesianos implantados a partir de recursos orçamentários de uma emenda individual, de sua autoria, no valor de R$ 600 mil, destinada a Campina Grande em comunidades de Galante, São José da Mata, Catolé de Boa Vista, dentre outras a exemplo de Celestinos e Lagoa do Arroz que já estão beneficiando centenas de famílias da localidade.
Créditos: PB Agora