O homem suspeito de estuprar e engravidar a enteada, em João Pessoa, negou ser o responsável pela violência. Ele foi preso na tarde desta quarta-feira (13), na Bomba do Hemetério, na Zona Norte do Recife. A menina, hoje aos 11 anos, deu à luz no último domingo (10). Ela contou ser abusada pelo padrasto desde seus 10 anos.
Logo após ser preso pela polícia pernambucana, o suspeito, que tem 51 anos e trabalha como pedreiro, negou que tenha praticado o estupro contra a enteada e disparou: “quero o (exame de) DNA”.
Questionado por estar foragido, o pedreiro alegou que estava com medo. “Depois que surgiram essas denúncias, fiquei com medo de ser morto”, justificou.
A prisão
De acordo com as investigações em curso, o crime contra menor foi praticado quando a vítima tinha 10 anos e, desde que a gravidez dela foi revelada, o padrasto da menina estava foragido.
Segundo a PM, o suspeito foi capturado em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara de Mangabeira, da Paraíba. A prisão foi feita por policiais da equipe Malhas da Lei liderada pelo delegado Manuel Martins.
O homem foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Grande Recife. A possibilidade da transferência do suspeito para a Paraíba será verificada nesta quinta-feira (14), segundo a delegada Joana D’arc Sampaio, que investiga o caso.
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Entenda o caso
As investigações começaram em maio de 2017. De acordo com processo que segue sob segredo de justiça na Vara da Infância e Juventude da Paraíba, a enteada foi estuprada pelo padrasto quando tinha 10 anos. A criança descobriu a gravidez quando passou mal e foi levada para um hospital. Na época, ela informou à polícia que a violência sexual era algo recorrente, mas não soube precisar quando teve início.
De acordo com o Ministério Público, uma enfermeira do Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro do Grotão, em João Pessoa, detectou possíveis indícios de abuso sexual cinco meses antes da gravidez ser descoberta. A enfermeira identificou que a menina apresentava um corrimento e orientou à mãe da criança a leva-la para o Hospital Frei Damião, uma unidade de saúde de referência na região.
Segundo o promotor da Infância e Juventude Alley Borges Escorel, a mãe da menina foi negligente ao não levá-la para fazer exames médicos. Porém a delegada Joana D’arc Sampaio afirmou que, durante as investigações, ficou constatado que a mãe da criança não vai ser responsabilizada pelo crime, pois não teve participação nem sabia o que aconteceu, descartando-se, portanto, a possibilidade de conivência.
Tanto a enteada do suspeito quanto o bebê passam bem depois do parto, considerado de risco, e receberam alta médica.
Fonte: Paraíba Já