A suspeita em relação à morte de uma criança de dois anos de idade, que ocorreu na última quinta-feira (25), em Cuiabá, Mato Grosso, está gerando grande repercussão nas redes sociais. O caso envolve a denúncia da mãe da criança de que o motivo do óbito teria sido a ingestão de um leite achocolatado pouco tempo antes de o filho apresentar um quadro de mal-estar, com sintomas como: falta de ar, fraqueza e princípio de desmaio.
Segundo a mãe, logo após se sentir mal, a criança foi levada para a Policlínica do Coxipó, onde deu entrada com parada cardiorrespiratória. Uma hora depois, ela faleceu. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).
Em seu relato, a mãe, de 28 anos, disse que o filho teria se alimentado com o produto, o achocolatado Itambezinho, da marca Itambé, por volta das 9 da manhã. Antes disso a saúde da vítima era estável, apresentando apenas um resfriado leve havia cerca de dois dias.
Ainda em seu depoimento, a mãe citou que tanto ela como um tio da criança, que também ingeriram um pouco do achocolatado, chegaram a apresentar um mal-estar momentâneo. Ela teria sentido náuseas e tontura e o tio do menino, com sintomas mais fortes, teria ido para o Pronto-Socorro de Cuiabá.
O caso repercutiu nas redes sociais, mas de maneira deturpada. Nas mensagens enviadas via WhatsApp e Facebook, chegou-se a dizer que o produto envolvido era o Toddynho, da fabricante PepsiCo, em vez do achocolatado da Itambé. Procurada pela reportagem, a PepsiCo reiterou que seus produtos nada têm a ver com o caso.
Por meio de nota, a Itambé afirma que foi notificada dos fatos na última sexta-feira (26). Nela, esclareceu que mantém contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e que está auxiliando na apuração dos fatos.
Segundo a empresa, o Itambezinho está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema do gênero; e que até o presente momento, não houve nenhuma outra reclamação do mesmo lote.
A Polícia Civil divulgou que apreendeu cinco caixas do achocolatado na residência da família e uma embalagem vazia, que teria sido consumida pela criança. Segundo a mãe, o achocolatado foi dado ao filho por um vizinho, que ainda não foi localizado pela polícia para prestar esclarecimento. O material deverá passar por análise.
A Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária do Mato Grosso solicitou a interdição cautelar do lote completo de todos os achocolatados da marca Itambezinho que tenham sido fabricados em 25 de maio deste ano, com validade até 21 de novembro de 2016. Segundo a Itambé, não há previsão de recolhimento dos produtos em São Paulo.
Créditos: VEJA SP