Bruno Filho
Esta Copa dos Confederações, encarada e rotulada de “evento teste” começa neste final de semana com prognósticos obscuros em todos os campos, o técnico e o administrativo, sem falar no que gira em torno de algo que ganhou uma importância extraordinária graças a intervenção desta entidade mundial que aluga países para “deitar e rolar” acima das leis e regras locais.
Estamos com problemas em Brasilia local do jogo de abertura, estamos com problemas em São Paulo, polo aeroviário de quase todo o país, problemas de mobilidade urbana no Nordeste “passando um pano” sobre tudo isso achando que a vida está as mil maravilhas e o povo embarca neste noticiário querendo a conotação dos…” 90 milhões em ação…”, o que não é verdade.
Vamos tentar analisar no aspecto técnico o que será possível se apreciar de futebol nestes 15 dias que virão pela frente. Começar pelos mais fracos, e iniciamos pelo Taiti, ora o que falar do Taiti. Voces em sã consciência conhece algum time do Taiti ? e jogadores taitianos voces já ouviram falar de algum ? claro que não, pois não existem.
Do elenco inteiro, tempos apenas 1 jogador profissional, são 3 irmãos, 2 primos, 1 tio, vizinhos, colegas de rua e de quarteirão que conseguiram ser campeões de um torneio da Oceania. Imaginem então o nível da tal eliminatória. Para se ter uma idéia a final foi disputada contra a poderosa seleção das Ilhas Salomão, então só pode tratar-se de uma brincadeira.
Passamos pela Nigéria, tradicional time africano, que outrora chegou a ser qualificado por Pelé como possível campeão do mundo, que é uma seleção sempre aguardada e que nunca chega…na hora “H” dá água como se fala na gíria. Escuto já faz tempo que chegou a hora do futebol africano…não vi ainda esta hora chegar, o que vi é que seus votos para a FIFA são importantes nas eleições.
Agora, o México…o tradicional México, o maior “acompanhante de missa” do mundo. Esteve em quase todas as Copas e o que conseguiu até agora ? nada…e olha que foi sede por duas vezes. Lembro daquele velho ditado:”… jugamos como nunca…perdiemos como siempre…”, este são os aprazíveis mexicanos que são uma pedra no nosso sapato.
Vamos de Japão ? corredores em potencial, juventude, entrosamento, darão muito trabalho até a “página dois”, passando daí não chegarão a lugar nenhum. Lembro-me que na Copa que chegaram com muito brilho e fama ficaram em último lugar, então não se pode esperar muita coisa dos simpáticos asiáticos memoráveis fregueses que idolatram o Brasil.
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Saindo dos 4 mais fracos, vamos falar dos 4 mais fortes e para aonde o troféu deverá ir. Começamos pelos vizinhos uruguaios, valentes, técnicos ao extremo, com a prerrogativa de ter nos vencido dentro de casa numa Copa do Mundo, mas que a excessão da ultima na Africa não tem apresentado muita coisa, estão sofrendo nas eliminatórias e arriscados a nem participar no ano que vem.
A tetra-campeã Italia, sempre tratada com respeito e tradição pode realmente ameaçar. Hoje é comandada no seu ataque por um desiquilibrado chamado Balotelli, que é uma mistura de Mike Tyson, Denis Rodman e cérebro de Paris Hilton, e alguns veteranos jogadores de meio-campo que podem controlar a posse de bola e cansar os adversários.
Agora é a vez de falar do “bicho-papão”, a bi-campeã da Eurocopa e campeã do mundo Espanha que mais uma vez depositará tudo nos pés de Iniesta e Xavi, e vamos que vamos, se der certo deu, se não der tem muita gordura para queimar e jogar fora. Mas, sem dúvida , tem que ser considerada a favorita a conquista até pelo recente histórico.
Por fim, claro , o Brasil. Como é dificil falar contra o Brasil, mas farei isso. O time é fraco, o técnico é fraco, a organização é fraca, então a tendência é de fracasso, mas como joga em casa tem que se ter um pouco de paciência, coisa que não tenho. Depositar todas as esperanças em 3 meninos de 21 anos é muita coisa, falo de Neymar, Oscar e Lucas. Seleção não se faz dessa maneira.
Como não me furto a palpites vamos lá, me cobrem depois e eu não temo absolutamente ser cobrado. No grupo do Brasil, classificam-se Italia e México e no outro classificam-se Espanha e Nigéria. A final no meu conceito será disputada entre a Italia e a Espanha e nós teremos que ficar pelo menos 7 dias fazendo cortesia aos queridos turistas que aqui comparecerão.
Tomara que tudo isso acabe logo…já estou com saudades dos nossos Botafogo e Treze, dos campeonatos brasileiros com o meu Corinthians em campo e quero distância dessa enganação. Em tempo, depois que tudo isso acabar deixem os torcedores continuarem a beber sua cervejinha nos campos, não discriminem a própria população, que aliás é educada como todas aquelas que vão a campo de futebol, no mundo inteiro.
Aguardar para ver, não tem outro jeito !
