Um time pra vencer

Rubens Nóbrega

Luciano Cartaxo realizou façanha capaz de entrar para a história: conseguiu formar um secretariado de perfil majoritariamente técnico, como se costuma desenhar na clicheria do ramo, embora muitas das escolhas tenham sido essencialmente políticas.
Mas justamente aí o prefeito eleito da Capital mostrou-se particularmente hábil. Aparentemente, só aparentemente, cedeu às pressões que apadrinhavam esse ou aquele candidato a cargos de primeiro escalão. No final, quando bateu o martelo, chamou quem quis, manteve quem deveria e se livrou de quem queria se livrar desde o início.
O melhor de tudo, do ponto de vista do cidadão que votou em Luciano, é a elevada taxa de competência e probidade detectada na quase totalidade da equipe. Digo quase porque soube de restrições e referências desabonadoras a um único nome de todo o time. Mas desprovidas de fundamento na medida em que se baseiam em suspeitas, prevenções ou mera antipatia. Prova, nenhuma.
Como não sou ministro do Supremo para julgar baseado em algum pretenso ‘domínio do fato’, de plano adoto nas minhas avaliações a presunção de inocência. De qualquer forma ou sorte, vou ficar de olho. Vamos todos, aliás, porque não vai faltar gente pra vigiar e fiscalizar a gestão que se inaugura dia 1º que vem.
Lembro, de outro lado, que parte considerável dessa vigilância e fiscalização será feita por gente que torce contra. É má torcida que virá não necessariamente toda da oposição, pois já se instalou entre alguns preteridos e correligionários do futuro alcaide. Afinal, o PT da Paraíba é pródigo em abrigar notáveis sabotadores do próprio partido, invariavelmente a serviço de legendas e lideranças adversárias, algumas delas expoentes do que há de mais visceralmente antipetista no mundo.
‘Seleção’ das melhores escolhas

Resistências e saliências como as sugeridas são plenamente administráveis, de qualquer maneira. Inclusive ou, sobretudo, porque temos no elenco de Luciano Cartaxo estrelas de primeira grandeza da administração pública da Paraíba, escaláveis em qualquer constelação, secretariado ou ministério. Alguns nomes? Vamos lá, mesmo sob risco de esquecer um ou outro na seleção das melhores escolhas.
Nesse caso, não vou me deter em citações, apenas. Quero mais é perguntar quem, por exemplo, não gostaria de ter um Rômulo Polari (Planejamento) jogando no seu time? E o que dizer de uma Socorro Gadelha (Habitação Social), quadro de escol da Caixa Econômica Federal cedido ao maior programa de financiamento público à moradia própria e acessível já realizado por um governo na história deste país?
E a dupla primeira de luxo formada por Luís Sousa Júnior na Secretaria de Educação e Cultura e Maurício Burity na Fundação Cultural de João Pessoa? Como não destacar ainda o acerto no convite a uma Nadja Palitot (Procon) para tomar conta da defesa do consumidor com toda aquela garra, combatividade e domínio do bom Direito que lhe são marcas inconfundíveis e mui dificilmente igualáveis?


Marcus, Aldo, Éder, Raimundo…

Luciano Cartaxo também foi particularmente feliz ao chamar Marcus Alves para a Comunicação Social. Marquinhos, se me permitem, reúne as melhores qualidades e atributos que se espera de um profissional para o cargo. O homem tem tudo de bom: da integridade ao caráter, do intelecto privilegiado aos títulos acadêmicos mais altos, da militância à experiência para cumprir com sucesso todas as missões que lhe forem confiadas no meio e nos meios com o quais deve se relacionar.
Tem muita gente boa nesse time. De saída, pra começo de conversa, é um time pra vencer. Mas o espaço é pouco para tantos dignos de nota e registro. Daí por que vou fechar mencionando os caras que são os caras mais certos para alguns dos lugares mais estratégicos de uma gestão que pretenda eficiente e transparente, apetrechada para impulsionar ascensões sociais e econômicas do povo da cidade.
Refiro-me a Aldo Prestes (Finanças), Éder Dantas (Transparência Pública), Raimundo Nunes (Trabalho, Produção e Renda), Lindemberg Medeiros (Saúde), Geraldo Amorim (Segurança Pública e Cidadania), Rodrigo Soares (Articulação Política) e Hildevânio Macedo (Orçamento Democrático).


Governo dá calado como resposta

As denúncias publicadas ontem nesta coluna de que o Ricardus I estaria inaugurando obras para depois licitá-las não mereceram qualquer esclarecimento do Governo do Estado. Pior: soube que o governador Ricardo Coutinho teria proibido seus auxiliares de prestarem qualquer informação ao colunista. Assim, resta aguardar que o Tribunal de Contas ou o Ministério Público Estadual tome providências de apuração. Aí, querendo ou não, Sua Majestade e auxiliares vão ter que se explicar.

Dia Mundial de Kid Morengueira

Hoje é dia de reverenciar Martinho Moreira Franco, um dos mais completos jornalistas de toda a história da imprensa paraibana. Se eu fosse presidente decretaria feriado nacional, só pra juntar mais gente na homenagem que será prestada a ele durante a entrega do Prêmio AETC de Jornalismo 2012 hoje à noite, em João Pessoa.