O cantor Zezé di Camargo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o pastor evangélico André Valadão tiveram seus perfis no Twitter bloqueados pela plataforma nesta terça-feira, 1. Zambelli também teve outras contas em plataformas digitais suspensas, como Facebook, YouTube, LinkedIn e Instagram. Os motivos ainda não estão claros, mas a ação teria sido um pedido do Tribunal Superior Eleitoral.
Nas contas suspensas, o Twitter direciona para um link que explica o possível motivo.
“Em nosso esforço contínuo para disponibilizar nossos serviços para pessoas em todos os lugares, se recebermos uma solicitação válida e com escopo adequado de uma entidade autorizada, pode ser necessário reter o acesso a determinado conteúdo em um determinado país de tempos em tempos. Tais retenções serão limitadas à jurisdição específica que emitiu a demanda legal válida ou onde o conteúdo violar a(s) lei(s) local(is)”, diz as regras da plataforma.
Zezé di Camargo é apoiador de Jair Bolsonaro. Apenas seu perfil individual (@zezedicamargo) está fora do ar. A conta conjunta da sua dupla sertaneja com o irmão Luciano continua no ar.
Carla Zambelli manifestou recentemente apoio aos movimentos que contestam as eleições e estão bloqueando rodovias pelo Brasil. A deputada tinha mais de 2 milhões de seguidores no Twitter. No último sábado (29), a deputada perseguiu um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Já André Valadão compartilhou um vídeo no Twitter em 19 de outubro com uma suposta retratação a Lula— então candidato a presidente no segundo turno das eleições — sob intimação do Tribunal Superior Eleitoral. Tanto a Justiça Eleitoral quanto o TSE desmentiram que houve tal exigência da parte deles. Em resumo, o vídeo seria uma resposta a uma fake news inventada por Valadão, para assumir o papel de vítima.
Byte procurou o Twitter no Brasil para saber sobre o bloqueio das contas e aguarda o posicionamento da empresa. Também busca mais dados com o TSE e André Valadão. A assessoria que gerencia a carreira de Zezé di Camargo e Luciano afirmou que não estava sabendo do caso e iria atrás de mais informações.
Em nota, Carla Zambelli disse que “o parlamento está sendo violado, censurado e calado”. “O objetivo do TSE é eliminar qualquer reação espontânea nas redes sociais e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento. Em nome da democracia, extingue o direito às reações naturais”, diz o texto.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra