Três sueltos maravilhosos

Rubens Nóbrega

Sob graças dominicais, recebi três contribuições da mais alta qualidade para servir logo mais aos leitores deste espaço, hoje. Começando pelo escrito do meu médico de coração, literalmente, cronista primoroso que me agracia com sua graça em torno do artigo publicado no último domingo (sobre mezinhas, placebos e garrafadas).

Chá-de-cortiça
(Por Zé Mário Espínola)

Prezado Doutor Rubens,
Aproveito a sua incursão na Medicina para lhe enviar uma receita caseira, da Fitoterapia, que me foi ensinada pelo Dr. José Eymard (pai), eminente gastroenterologista, vascaíno como você, e muito amigo do seu pai, Vicente Nóbrega. Trata-se do tratamento da diarréia com chá-de-cortiça.
Segundo o Professor Zé Eymard, em casos de diarréia com evacuações frequentes, fezes aquosas, e na ausência de febre, você deve tomar 10 gramas de cortiça, sete folhas de hortelã-da-folha-miúda e água.
Na falta do Sobreiro (Querçus suber), que é a árvore da cortiça, pois é muito difícil de ser encontrada em nossa região, você pode usar uma rolha, daquelas de garrafa de vinho, bem mais fácil de encontrar.
Ponha a água para ferver, e quando estiver em ebulição, adicione as sete folhas de hortelã-da-folha-miúda; deixe ferver por mais sete minutos (um minuto para cada folha).
Adicione, então, a rolha, deixe ferver por mais quatro (não mais!) minutos e apague o fogo.
Após esfriar, pegue aquela beberagem, despreze as sete folhas de hortelã-da-folha-miúda, reserve a infusão e utilize a cortiça para obliterar o orifício.
É tiro-e-queda!

Coisa de pai
(Por Petrônio Souto)

Quanta presunção! De repente, o pai inventa de fazer uma espécie de decálogo para as quatro filhas. Os pais deveriam compreender que têm os filhos para o mundo e que dores e alegrias são coisas próprias da vida. Mas há sempre aquela preocupação de repassar nossas experiências para que as crias não sofram. Pura ilusão. Coisa de pai que os leitores – e minhas quatro filhas – haverão de perdoar.
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Minhas filhas,
Dominem a palavra escrita antes de descobrirem os segredos das outras linguagens.
Acumulem conhecimentos. É importante ter a visão universal das coisas. O que realmente liberta é o conhecimento. O sábio é naturalmente livre.
No mundo do espetáculo em que vivemos, é prudente duvidar dos políticos e meios de comunicação.
Lutem para ter o suficiente para viver com dignidade.
Cuidem bem da saúde. Do corpo e do bolso. Não sejam extravagantes nem consumistas.
Na procura por Deus, não se deixem seduzir pelas instituições religiosas. Deus pode estar em nossa paz.
No amor, controlem os impulsos do coração. Pelo menos tentem…
Valorizem o silêncio. O ser humano precisa de silêncio e de momentos solitários para refletir melhor sobre si mesmo e sobre o mundo.
“O tempo perdido não volta mais” (provérbio francês).
Beijos de papai.

O Maior São João
(Por Waldeban Medeiros)

• Enivaldo deu a ideia/Ronaldo de pronto abraçou/E o forrozão dos Coqueiros/Que Zé Rodrigues criou/No maior São João do mundo/Logo se transformou/Se tornando popular/ Graças ao empenho de Cássio/Cabendo a Veneziano/O evento divulgar.
• Divulgar aos quatro cantos/O que a cada ano se externa/Em gigante acontecimento/Fazendo a grande Campina/Conquistar o seu lugar/De fazer o mais bonito/Majestoso e mais querido/São João espetacular.
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Segundo o autor, o poema “foi escrito a partir do reconhecimento do senador Vital do Rego aos criadores e continuadores do São João de Campina Grande, o 4º maior evento turístico do Brasil, segundo a Fundação Getúlio Vargas”.