João Manoel de Carvalho
A partir do momento em que assumiu o Governo, em 1º de janeiro de 2011, e passou a adotar algumas medidas administrativas que atingiram em cheio os interesses de algumas categorias de servidores públicos, concentrados particularmente na área da Saúde e no setor do fisco, o governador Ricardo Coutinho passou a ser alvo de uma verdadeira onda de ressentida rejeição por parte desses grupos.
Não se pode afirmar que não existia alguma motivação nesses ressentimentos , mas o fato é que eles tem provocado nas cúpulas dirigentes dessas categorias um sentimento de ódio e rancor jamais visto na história política do Estado.
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Além da suposta mensagem decretando a morte dos envolvidos, fotos dos suspeitos também teriam sido divulgadas.
Esses sentimentos tão arraigados e manifestados com ímpetos de tanta ira e radicalização perdem legitimidade, a partir do momento em que a opinião pública toma conhecimento de que a sua grande e talvez maior inspiração são os interesses contrariados pelas medidas tomadas pelo governador.
Não queremos, de nenhuma maneira, desconhecer que haja alguma motivação justa da parte dessas categorias, mas o que estranhamos é a circunstância de que elas estejam sendo expressadas de modo tão odiento e por meio de tanta radicalização.
Parece que faltou no relacionamento entre o Poder Público e essas categorias um elemento básico e fundamental para o êxito de qualquer negociação: um diálogo mais aprofundado. Isso teria provocado a falta de entendimento e a consequente radicalização daqueles setores que se julgaram prejudicados pelas medidas governamentais.
O governo, de sua parte, argumenta que adotou todas as medidas na compatibilidade das necessidades do Estado e dentro do que lhe competia fazer ante uma realidade bastante adversa, com que recebeu as finanças do Estado simplesmente destroçadas pela irresponsabilidade administrativa e financeira da administração anterior.
Já as categorias, que se julgam prejudicadas, principalmente os servidores do fisco, alegam que o Governo sequer cumpriu o que estava estabelecido na lei e teria adotado decisões ao arrepio da legislação pertinente à categoria.
Essa onda de ressentimento, embora ainda adstrita a esses setores, corre o risco de generalizar-se , ampliar-se e contagiar outros setores da opinião pública, que confiam nas ações do Governo e têm ofertado expressivos índices de aceitação nas pesquisas de opinião.
O governador Ricardo Coutinho, por sua vez, tem implementado um amplo programa de realizações na infraestrutura do Estado por todo o interior, o que lhe tem valido pontos importantes de aprovação de sua administração e reforço substancial para consolidação de sua marca de governante operoso e realizador. Conquista obtida pelo que fez pela Capital, durante os seus dois mandatos à frente da Prefeitura de João Pessoa.
