Um juiz dos EUA instruiu a Amazon a entregar gravações de áudio de um Echo, alto-falante inteligente da empresa, como prova em um caso de duplo homicídio, segundo a rede de TV norte-americana ABC.
Os promotores acreditam que o Echo pode ter provas relacionadas aos assassinatos a facadas de Christine Sullivan e Jenna Pelligrini na cidade de Farmington, no estado de New Hampshire, em janeiro de 2017.
Timothy Verrill, 36, foi acusado pelo crime. Ele se declarou inocente e aguarda julgamento em maio de 2019.
A polícia inicialmente apreendeu o Echo como prova depois de revistar a casa onde o crime ocorreu. A assistente de inteligência artificial do Echo, a Alexa, está constantemente ouvindo as “palavras de despertar” do usuário e grava trechos de áudio quando os ouve.
Os promotores acreditam que pode haver gravações entre 27 e 29 de janeiro de 2017, período em que eles acreditam que as mulheres foram assassinadas.
O presidente da Suprema Corte do Condado de Strafford, Steven M. Houran, decretou a decisão para a Amazon na sexta-feira (9), informou a ABC. A Amazon informou que não divulgará nenhuma informação do cliente “sem uma demanda legal válida e vinculativa”.
Esta não é a primeira vez que o áudio de um Echo foi solicitado em um caso de assassinato. Após a morte de um policial do Arkansas em uma banheira de hidromassagem em 2015, os promotores procuraram obrigar a Amazon a entregar as gravações que pudessem mostrar se ele havia sido assassinado.
Inicialmente, a Amazon se recusou a entregar os dados, dizendo que as demandas do governo poderiam “congelar” os direitos da primeira emenda da Constituição americana, ao “buscar e receber informações e conteúdo expressivo na privacidade de sua própria casa”. Mas como o réu e o dono do Echo consentiram, a Amazon concordou. A acusação de homicídio acabou sendo descartada.
Fonte: Uol
Créditos: Uol