Pesquisadores dinamarqueses testam com sucesso solução contra disfunção erétil que promete menos efeitos colaterais que métodos já existentes. Caminho até as farmácias ainda é longo, mas os sinais são promissores.Os portadores de disfunção erétil têm agora uma nova esperança: pesquisadores da Dinamarca desenvolveram uma terapia com células-tronco que pode ajudar homens impotentes a terem relações sexuais.
A equipe liderada por Martha Haahr, do Hospital da Universidade de Odense, usou células-tronco retiradas da gordura abdominal via lipossucção e as injetou nos pênis de 21 voluntários. Já liberados da clínica no dia do tratamento inicial, seis meses mais tarde, oito deles relataram que haviam readquirido a capacidade de ereção sem precisarem recorrer a drogas como o Viagra.
“Essa técnica pode permitir que os homens recuperem a ereção espontânea, ou seja, sem uso de remédios, injeções ou implantes”, concluiu Haahr, ao apresentar os resultados da pesquisa numa conferência da Associação Europeia de Urologia, realizada em Londres.
Possibilidades terapêuticas
Os participantes afirmaram que, um ano mais tarde, a melhora se mantinha. Os resultados apresentados em Londres só se referem à fase inicial dos testes, mas a equipe já entrou em uma segunda etapa, com mais voluntários, a fim de avaliar a eficácia e confirmar a segurança do método.
A disfunção erétil afeta quase a metade da população masculina entre 40 e 70 anos de idade. Outros tratamentos contra a impotência, como a ingestão de Viagra, podem ter sérios efeitos colaterais. Embora receber uma injeção no pênis seguramente não tenha sido agradável para os participantes, nenhum deles relatou problemas relevantes.
A cientista Martha Haahr salienta que ainda se está longe de uma solução disponível para o público, mas está otimista. “Estamos satisfeitos com os resultados preliminares, sobretudo porque anteriormente esses homens não tiveram qualquer efeito com tratamentos médicos tradicionais, e agora têm tido boa função erétil por 12 meses. Isso sugere a possibilidade de aplicações terapêuticas.”
Fonte: O GLOBO