As contas de 2012 das câmaras municipais de Sossego e Gado Bravo foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), durante sessão ordinária ocorrida na manhã de ontem. Entre as razões que levaram o Pleno à decisão estão falta de comprovação de despesa, gastos acima do limite legal, restos a pagar e déficit orçamentário. A Corte também negou provimento aos recursos da ex-prefeita de Joca Claudino, Lucrécia Adriana de Andrade Barbosa, e do ex-prefeito de São João do Rio do Peixe, José Lavoisier Gomes Dantas.
Com relação às despesas apresentadas pela ex-presidente da Câmara Municipal de Sossego, vereadora Maria das Dores Silva Antunes, o Pleno entendeu que estavam sem comprovação. Contra ela foi imposto o débito de R$ 32,4 mil, seguindo o voto do relator do processo, conselheiro Umberto Porto. Parte dos gastos foi com Assessoria Jurídica. Como a vereadora não apresentou defesa, poderá fazê-la em grau de recurso.
Já no julgamento das contas da ex-gestora da Câmara de Gado Bravo, a vereadora Valdenez Pereira da Silva, o TCE-PB entendeu que havia gastos acima do limite legal, restos a pagar e déficit orçamentário. Por isso o Plano resolveu pela desaprovação das despesas.
Na pauta da sessão ordinária, o Tribunal também negou provimento a dois recursos. Um deles foi uma solicitação de reconsideração da ex-prefeita de Joca Claudino, Lucrécia Adriana de Andrade Barbosa. Ela pretendia se livrar do débito de R$ 160,7 mil que lhe fora imputado durante o julgamento das contas de 2011. A irregularidade apontada pelo TCE foi que a aplicação de recursos do Fundef não foi documentalmente comprovada. Também em fase recursal, o TCE manteve o parecer contrário à aprovação das contas de 2007 do ex-prefeito de São João do Rio do Peixe, José Lavoisier Gomes Dantas, com os débitos a ele imputados no primeiro julgamento, no valor de R$ 73.720,45 relativo às despesas não comprovadas com doação de passagens.
Ainda no acórdão do primeiro julgamento, foram imputados dois débitos de forma solidária. Um deles foi de R$ 120.913,82 e outro de R$ 170.191,69. Os montantes são relativos a despesas com a contratação de uma OSCIP. Assim, além do gestor e da organização social, dois representantes da empresa foram responsabilizados. Também nesta decisão anterior, o ex-prefeito José Lavoisier foi condenado a pagar uma multa de R$ 2.805,10 por transgressão de normas legais e constitucionais.
Parecer favorável para a Secult
O prefeito de Nova Floresta (João Elias da Silveira Neto Azevedo), além dos ex-gestores de Lagoa Seca (Edvardo Herculano de Lima) e Lucena (Antonio Mendonça Monteiro Junior) tiveram as contas do exercício 2012 aprovadas pelo Pleno do TCE-PB. As despesas de 2013 da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos também receberam pareceres favoráveis.
Foram aprovadas as contas de 2012 das Câmaras de Puxinanã, Riachão do Poço, Natuba, Mamanguape e João Pessoa (exercício de 2009), com ressalvas nos três últimos casos. A Câmara de Cacimba de Areia e a de São José dos Cordeiros obtiveram pareceres favoráveis com relação às despesas de 2013. As do exercício de 2011 de São Bento tiveram ressalvas, mas receberam aprovação.
Os processos constantes da pauta desta quarta-feira representavam movimentação de recursos da ordem de R$ 413.024.479,95.
Correio da Paraíba