É provável que, se não houver nenhum fato novo, o pleito municipal de 2020 em Cabedelo repita parte do cenário das eleições suplementares de março de 2018, que levou Vitor Hugo à condição de prefeito da cidade. Ele governou o município de forma interina durante quase um ano, após a renúncia de Leto Viana, preso no âmbito da Operação Xeque-Mate. Mas os rumos da investigação podem influenciar os caminhos da próxima eleição na cidade.
Candidato em 2019, o vereador José Eudes (PTB) não descarta que possa integrar uma nova disputa, mas ainda não bateu o martelo sobre a questão. “Eu ainda não tenho essa certeza, mas é algo que vamos refletir”, considerou o parlamentar. Em 2018, ele obteve apenas 878 votos, o que significa 2,77% da votação total.
Outro que deve disputar é Marcos Patrício (PSOL), ativista social e crítico da atual administração municipal. Ele confirmou que mais uma vez deve disputar os votos dos cabedelenses. “Entendemos que Cabedelo pelo seu potencial econômico, turístico e social pode oferecer qualidade de vida e estar entre as melhores do nordeste para se morar”, ressaltou.
A ex-candidata Eneide Régis (PSD) também pode se candidatar novamente, mas a família dispõe de outras cartas na manga. Em contato com a reportagem do Polêmica Paraíba, nesta sexta-feira, no entanto, a família não adiantou se pretende estar na disputa do próximo ano.
O prefeito Vitor Hugo também já deu sinais de que pode entrar mais uma vez na disputa e é visto como candidato natural ao cargo em 2020, mas em contato com a reportagem do Polêmica Paraíba, ele não quis adiantar a discussão. “Cabedelo acabou de passar por um processo eleitoral longo e desgastante. O momento agora é de trabalhar para que a cidade continue nesse ótimo ritmo de crescimento e desenvolvimento. Deixaremos para discutir as eleições no momento certo”, ponderou.
Operação Xeque-Mate
Todas as discussões sobre as próximas eleições, no entanto, são prematuras ao se tratar de Cabedelo. As investigações da Operação Xeque-Mate seguem em andamento, mas ainda não se sabe se outros políticos de renome da cidade podem ser atingidos em próximas fases da operação.
O cientista política Renato César destacou que é necessário aguardar os próximos episódios antes de traçar algum cenário político para a cidade. Ele fez uma comparação entre a Operação Xeque-Mate e a Lava-Jato. “Ambas tratam de corrupção. Em se tratando de corrupção, isso se reflete em qualquer eleição. Ou seja, em ocorrendo isso, os candidatos que não têm vínculo político têm mais chances de aproveitar o momento. Em Cabedelo é a mesma coisa, o povo pode eleger alguém diferente [em 2020], mas acho muito cedo para fazer uma especulação”, explicou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba