Uma menina de 2 anos morreu na noite deste domingo (20) depois de ter sido abusada sexualmente na casa onde morava com a mãe e o padrasto, na Rua José Gomes de Aguiar, no bairro de Vila Canária, em Salvador. O principal suspeito do crime é o próprio padrasto, identificado como Edson Neri Barbosa, 27 anos.
De acordo com informações de familiares da pequena Ágatha Sophia, ela foi encontrada pela mãe, Jéssica de Jesus, 21, na rua, nos braços do padrasto, por volta das 18h. Edson fugiu do local momentos após a mãe pegar a filha ferida na mão dele.
Ainda de acordo com familiares, Jéssica, que trabalha como diarista, havia deixado a filha com o companheiro no sábado (19), para fazer uma faxina. A menina costumava ficar com o padrasto todas as vezes que a mãe precisava sair para trabalhar.
Ao se deparar com a criança ferida, a mãe saiu à procura de socorro. Elas foram, com ajuda de vizinhos, para a emergência da UPA de São Marcos, onde foi constatada a morte da vítima logo após ela dar entrada na unidade.
Segundo um primo da menina, que preferiu não se identificar, o padrasto fugiu assim que a companheira recebeu a criança dos seus braços. No entanto, ele foi visto em um ponto de ônibus na manhã desta segunda-feira (21), aparentemente nervoso, subindo em um coletivo que faz o itinerário até a Estação Pirajá.
A polícia esteve na residência do casal – um imóvel sem reboco próximo ao final de linha do bairro – horas depois do crime. Os PMs levaram a identidade do suspeito. Na manhã desta segunda, a residência estava fechada e poucos vizinhos sabiam do crime.
“Ele é um cara violento e já foi visto batendo na menina várias vezes. Em uma situação, a menina caiu no chão e, ao se levantar, ele deu um tapa tão forte que Sophia caiu novamente”, contou o primo.
A família da vítima pouco sabe sobre o histórico do suspeito. Ele dizia trabalhar como ajudante de pedreiro. Em seu perfil em uma rede social, ele posta fotos apenas com emojis sobre o rosto – detalhe que sempre chamava a atenção de todos que o conheciam. “Como se quisesse esconder alguma coisa”, completou o parente.
No início da tarde, a Polícia Civil divulgou uma foto do suspeito. “Quem tiver informações sobre o paradeiro de Edson, pode entrar em contato com o Disque Denúncia (71) 3235-0000, da Secretaria da Segurança Pública, e fazer a denúncia de forma anônima”, afirmou a assessoria da Polícia Civil.
Edson Neri Barbosa, 27 anos, é procurado pela polícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil) |
Edson estava junto com a mãe da vítima há um ano e meio. Os três tinham se mudado do bairro de Tancredo Neves para a Vila Canária havia três meses.
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 23h, PMs da 47ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Pau da Lima) foram acionados para atender uma ocorrência de violência física e sexual dentro de uma casa na Vila Canária.
“A guarnição foi até o local, fez ronda para identificar o autor, mas ele já havia fugido. A criança foi socorrida para UPA de São Marcos pela mãe, porém ela já estava sem vida”, informou a PM, em nota ao CORREIO.
A Polícia Civil informou que a 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central) vai investigar o caso. Em um primeiro momento, segundo a polícia, foram expedidas as guias para perícia e exames médicos.
urante um telefonema para a companheira, na manhã desta segunda-feira (21), o ajudante de pedreiro Edson Neris Barbosa Santos, 27 anos, suspeito de estuprar e levar à morte a própria enteada de 2 anos, tenta justificar o ocorrido. “Eu não mexi nela, não. Você acha que eu, que eu, vou… (inaudível). Eu só fiz bater. Bati sábado”.
Edson está sendo procurado pela polícia desde a noite de domingo (20), quando Ágatha Sophia morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de São Marcos, depois de ter sido socorrida pela mãe, a diarista Jéssica Silva de Jesus, 21. Sem saber da morte da criança e de que tinha sido denunciado, ele chegou a propor um encontro com a companheira.
O CORREIO teve acesso a dois áudios de um telefonema feito pelo suspeito para a mãe da vítima na manhã desta segunda (21), além de uma série de mensagens de SMS.
Durante um trecho da ligação, Edson tenta argumentar que não foi o autor do estupro e que “não tocou na menina”.
Em outro momento, ele pergunta à companheira se a polícia já tem conhecimento do caso e pede que ela não entregue os seus documentos. O ajudante de pedreiro sugere também um encontro entre os dois.
Já durante uma troca de mensagens, por volta das 9h, Edson pediu perdão à mãe da menina e tentou saber o estado de saúde da vítima.
“Por favor, atende. Estou sofrendo. Amo ela. Ela vai ficar boa. Estou sofrendo, amor. Não sei o que eu faço. Me ajuda, por favor. Me perdoa, amor”, escreveu.
Jéssica tentou esconder do companheiro que a filha tinha morrido, como uma forma de tentar descobrir o paradeiro dele. Confira as mensagens de SMS trocadas por Edson e Jéssica.
Foto: Reprodução/CORREIO |
Foto: Reprodução/CORREIO |
A assessoria da Polícia Civil divulgou, no final da manhã desta segunda, a foto do suspeito.
Edson e Jéssica estavam juntos há um ano e seis meses. Os dois haviam se mudado para a Vila Canária há cerca de seis meses, onde moravam em um pequeno imóvel alugado na Rua José Gomes de Aguiar, perto do final de linha do bairro.
Vizinhos dizem que Edson foi visto pela última vez na manhã desta segunda, em um ponto de ônibus, entrando em um coletivo para a Estação Pirajá.
Buscas
A assessoria da Polícia Civil confirmou que Edson é principal suspeito do crime. Ainda conforme a assessoria, equipes da 2ª Delegacia de Homicídios (2ª DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), estão em busca do ajudante de pedreiro.
“O coordenador da 2ª DH/Central, delegado Guilherme Machado, informa que as diligências estão em curso e se Edson Neris não for preso até às 18h desta segunda-feira (21), será solicitada sua prisão à Justiça”, informou a assessoria, por meio de nota.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Edson pode entrar em contato com o Disque Denúncia (71) 3235-0000, da Secretaria da Segurança Pública, e fazer a denúncia de forma anônima.
Fuga
Segundo familiares da vítima, a pequena Ágatha Sophia foi encontrada pela mãe, Jéssica Silva de Jesus, 21, na rua, nos braços do padrasto, por volta das 18h desse domingo.
Ainda conforme parentes, Jéssica, que trabalha como diarista, havia deixado a filha aos cuidados do companheiro para fazer uma faxina. A menina costumava ficar com o padrasto todas as vezes que a mãe precisava sair para trabalhar.
Ao chegar na rua de casa e se deparar com a criança nos braços do padrasto, Jéssica saiu à procura de socorro. Mãe e filha foram, com ajuda de vizinhos, para a emergência da UPA de São Marcos, onde foi constatada a morte de Ágatha logo após ela dar entrada na unidade.
Segundo um primo da menina, que preferiu não se identificar, o padrasto só fugiu do local quando a companheira percebeu que a filha havia sido abusada.
Fonte: Correio 24 h
Créditos: Correio 24 h