A pauta da Comissão de Reforma Política do Senado nesta semana talvez seja a mais complicada de todo o cronograma de discussão. Nesta terça-feira, 22, os 15 membros da comissão terão de decidir pelo tipo de sistema eleitoral, ou seja, como serão eleitos vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidente da República. É justamente essa escolha que mais divide opiniões, inclusive dentro dos partidos. Entre as opções estão os sitemas proporcional, o majoritário e o misto.
A definição do sistema vai guiar toda a discussão da reforma política no Congresso. O PSDB, por exemplo, ainda discute se vai se posicionar pelo distrital misto ou distrital proporcional.
Dentro do PMDB também não há consenso, mas a legenda deve optar pelo “distritão” (é eleito o mais votado, sem coefeciente eleitoral), sistema defendido pelo presidente do partido, o vice-presidente da República, Michel Temer. Dentro do partido, no entanto, há quem acredite que o “distritão” favoreça os candidatos mais ricos e as celebridades.
O PT anunciou a opção pelo sistema proporcional, com voto lista fechada (nomes dos candidatos apresentados em ordem definida pelo partido). O PC do B também se posicionou pelo sistema de listas. O PPS é favorável ao voto distrital misto. O PTB deve ficar com a opção do distritão e o PDT, DEM e PP ainda não haviam fechado posicionamento, segundo as assessorias de imprensa de cada um. Na reunião desta terça, a comissão também decide pelo fim ou não das coligações para eleição proporcional.