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Sistema de propina da Odebrecht revela datas em que Cássio teria recebido caixa 2

Em certo momento, executivos da Odebrecht tiveram que criar um departamento de propina e um sistema paralelo para contabilizar os recursos, diante do volume que ia aumentando ano após ano. Neste departamento e sistema ficavam registrados as datas, os codinomes e os valores pagos a todos os políticos.

O Supremo Tribunal Federal encaminhou o inquérito contra o senador Cássio Cunha Lima com todos os depoimentos e oitivas dos delatores, mais as planilhas e demais documentos para a Polícia Federal, que vai investigar o tucano.

Nestas planilhas, constas as datas em que o senador Cássio teria recebido os R$ 800 mil em caixa 2, conforme relato dos delatores Fernando Reis e Alexandre Barradas.

Segundo a planilha, o “prosador” e o “provador”, codinomes atribuídos a Cássio, recebem duas parcelas de R$ 400 mil nos dias 22 de maio e 4 de setembro de 2014.

“Afirma ainda Fernando Reis que, para a realização do pagamento, pediu a Eduardo Barbosa, pessoa de sua confiança e que desconhecia o beneficiário e a motivação do pagamento, que o ajudasse a atender ao pleito de Alexandre Barradas. Por fim, registra ainda que, para esse pagamento, foram adotados os codinomes de ‘Trovador’ (R$ 400 mil) e ‘Prosador’ (R$ 400 mil), ocorrendo a entrega dos valores a um preposto do senador, cuja identidade o colaborador desconhece, em um hotel em Brasília”, enfatiza o procurador, que arremata: “as planilhas constantes dos Anexos 6A e 6B (TC n2 6 de Alexandre Barradas), 2 retiradas do Sistema “Drousys” de pagamento de propina da Odebrecht, demonstram a veracidade das declarações do colaborador”, diz trecho do inqueriro remetido pelo STF para a Polícia Federal.

Veja abaixo planilha entregue pelos delatores comprovando o primeiro repasse a Cássio

Veja abaixo planilha entregue pelos delatores comprovando o segundo repasse a Cássio

Fonte: Marcos Wéric