O empresário Joesley Batista, entregou novos anexos à Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito da delação premiada dos executivos da JBS nos quais revela “pressão política” para obter a liberação de um financiamento para a construção de uma fábrica de celulose da Eldorado, no Mato Grosso do Sul, por parte do Banco Econômico de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo o delator, o pedido de apoio, feito entre 2009 e 2010, foi feito ao senador José Serra (PSDB-SP), então candidato à Presidência da República, e aos ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci.
Ainda segundo Joesley, a liberação do financiamento teria resultado no pagamento de propinas que teriam sido repassadas a Mantega, ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, além de dirigentes dos fundos pensão da Petrobras e da Caixa. Ele, porém, não informou valores.
O novo anexo entregue ao MPF diz respeito a pedidos feitos por Joesley a políticos que teriam auxiliado na liberação do empréstimo. Segundo ele, a pressão política foi concretizada em meio a eleição presidencial de 2010. O empresário relatou que pediu que Serra, Mantega e Palocci ligassem para o então presidente do BNDES, Luciano Coutinho, dizendo que se estivessem no poder Executivo, o empréstimo seria aprovado.
Pouco depois a instituição de fomento teria retomado as análises referentes ao projeto da Eldorado. Segundo Joesley, a fábrica de celulose foi inaugurada em 12 de dezembro de 2012.
Créditos: Brasil247