O senador Vital do Rêgo Filho lamenta a postura do governador Ricardo Coutinho, segundo matérias publicadas na mídia paraibana de demitir médicos por esses não aderirem ao esquema político-partidário do gestor público.
O caso teria ocorrido, após um período desastroso com a terceirização da Maternidade Peregrino Filho para empresa Fibra, o Governo do Estado repassou a administração para outra firma, a Gerir. Mas, os problemas só se agravaram, devido a nova diretora do Hospital Regional de Patos, Sílvia Ximenes, recém filiada ao PSB, ter demitido os médicos Denilson, Robson, Teudas, Pedro Augusto e Suelen foram afastados da unidade, sem qualquer explicação até o momento.
Carreira de médico do Estado – A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 34/2011, de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que cria a carreira de médico do Estado, vem recebendo apoios e celeridade, pois deve ser votada no começo deste segundo semestre. O senador paraibano lamenta que na Paraíba o Governo do Estado venha demitindo médicos por esses se negarem médicos aderir a sua campanha de reeleição como a imprensa vem revelando.
Segundo Vital, de acordo com a sua proposta, os médicos de Estado deverão ser organizados em carreiras nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal, nos termos da lei orgânica que dispuser sobre sua organização e funcionamento. Suas atividades, consideradas essenciais ao funcionamento do Estado, serão exercidas unicamente no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Para o relator da matéria, senador Paulo Davim (PV-RN), a categoria médica passa por momentos difíceis, e que a proposta vem ao encontro das reivindicações defendidas há muitos anos pelos profissionais. Ele disse ainda que a proposta foi debatida com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que concordou com o teor da matéria.
Vital explicou que a PEC 34/2011 oferece condições para que a medicina possa ser transformada em carreira de Estado, com a criação de concursos públicos da especialidade na espera federal. Ele disse que a proposta conta com o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da classe médica, e que não há empecilho a sua aprovação. Em entrevista à rádio Senado Vital destacou que a matéria deverá entrar em votação na volta do recesso em agosto, e já vem conversando sob essa possibilidade com os membros da mesa diretora do Senado.