Senador diz que não adianta reduzir salário e fazer “farra na Granja”

"A Paraíba é hoje um canteiro de obras paralisadas"

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O senador Cássio Cunha Lima deixou claro que a oposição não vai dar trégua ao governo. Ele disse que as urnas o colocaram na condição de oposição e que este papel será desempenhado da melhor forma. O senador fez duras críticas a Ricardo Coutinho e a gestão do PSB. Para ele, o anuncio sobre renuncia ao reajuste salarial é hipócrita.

“Vamos cobrar do governo porque temos certeza que essa cobrança fará com que o governo se movimente. A Paraíba é hoje um canteiro de obras paralisadas. Nós faremos com que o governo se movimente para concluir obras que estão paradas. O PSDB será a voz de defesa do povo paraibano de forma muito firme, determinada e altiva”, destacou Cássio.

Cássio não perdeu a oportunidade de criticar o governador Ricardo Coutinho pelas medidas hipócritas de contenção de gastos. Ele disse que o governador joga para a plateia quando anuncia que abriu mão de aumentar o próprio salário. “Não adianta fixar um salário menor e fazer farra na Granja Santana como foi feita, onde se comprou em um mês 10 toneladas de carne. É preciso que a sociedade fique atenta para não se deixar iludir com movimentos que são simbólicos e que são aparentemente austeros. Não adianta você ter austeridade para fixar um salário menor mas deixar que o Trauma continue sendo um saco sem fundo na despesa da saúde”.

Segundo ele, a Paraíba vive hoje uma crise ética e cabe à oposição estar atenta às ações, aos equívocos, às falhas e aos desmandos do Poder Executivo. “Hoje nós temos setores da imprensa tentando ser garroteados, servidores públicos amordaçados, trabalhadores demitidos, perseguidos politicamente. Há questionamentos também no campo judicial dos meios com que se venceu as eleições. O papel do PSDB, sobretudo pelo perfil jovem da nossa bancada, será trazer um tom diferente, não participar dessa política velha, dessa política antiga que se permite aliança espúria, sem nenhuma coerência, alianças que são feitas para cumprir uma conveniência eleitoral”, criticou.

com JPonline