Sem apoio atleta paraibano volta pra casa

Repórter: O que é preciso fazer que aqui não tem ?

Eduardo: Eu disse a meu pai que não precisava de um outro treinador, aprendi a jogar com ele, desenvolvi meu jogo com ele, o treinamento que ele sempre fez comigo não é muito diferente do que tive em São Paulo nos dias que passei lá. O que falta aqui é uma melhor estrutura física, quadras rápidas e lentas, quadra coberta, material de treinamento de melhor qualidade ( raquetes, bolas, etc. ), bons batedores, fisioterapeutas, nutricionistas, preparadores físicos, condições para participar de clínicas e viajar para torneios em todo Brasil e exterior, porém, tudo isso é muito caro, precisa de patrocínios e infelizmente não temos.

Repórter: O que você tem atualmente ?

Eduardo: Acho que tenho muito talento, um bom jogo, tenho um bom treinador, amo o tênis, gosto de competir, mas, como já disse antes, não tenho aqui na Paraíba uma estrutura suficiente para treinar com mais precisão. Repórter: Qual o seu sonho ? Eduardo: Continuar treinando na Paraíba, ser um grande jogador de tênis e até quem sabe um grande campeão. Mostrar para o Brasil e o mundo que aqui na Paraíba também existe tênis e tênis de qualidade. Temos que acabar com esta mania de dizer que só tem coisas boas lá fora, aqui também tem, o que falta é uma melhor estrutura e patrocínio.

Repórter: Você faz parte da Confederação Brasileira de Tênis – CBT, e quais os próximos torneios ?

Eduardo: Sim, faço parte e sou ranqueado, só não estou com uma pontuação melhor, por que não participo de todos os torneios da CBT por falta de patrocínio. Neste mês de abril estou inscrito nos torneios de Recife-PE e Teresina-PI. Repórter: Você vai ? Eduardo: O de Recife que é mais perto eu irei, porém, o do Piauí, que é o brasileiro infantil, apesar de está inscrito, ainda não sei se vou participar, meu pai ainda vai decidir. Repórter: Dizem que ter o pai como treinador não é muito bom, o que você acha ? Eduardo: Isso é muita besteira. Eu adoro treinar com meu pai, para mim é o melhor treinador do mundo, confio no seu trabalho e ele faz com muito amor. Feliz daquele atleta que tivesse um pai como o meu como treinador, acho um grande privilégio, e meu pai não mistura a condição de pai com a de treinador, pena que na Paraíba não temos a estrutura suficiente para treinar, mais um dia teremos, se não acontecer comigo, certamente acontecerá com outros tenistas. O tempo dirá ….

Repórter: Vejo que você está emocionado, e eu vou parar a entrevista por aqui Eduardo, Boa Sorte garoto !