O ex-deputado Carlos Marques Dunga Júnior, atual secretário de Ciência e Tecnologia de Campina Grande, é autor de uma lei estadual que tem a finalidade de promover a tradição paraibana. Promulgada em 2009, pelo então governador José Maranhão (PMDB), a lei determina que os festejos juninos “deverão buscar resgatar a cultura nordestina local”.
A norma publicada no Diário Oficial da Paraíba, em dezembro de 2009, fala de festas que tenham apoio ou patrocínio do governo da Paraíba, mas a defesa pelo “forró autêntico” feita enquanto deputado, não aconteceu para o Maior São João do Mundo, da Rainha da Borborema, deste ano.
O então defensor da cultura nordestina não opinou sobre a polêmica causada pela contratação de atrações que vão de encontro aos princípios defendidos na lei 9.027, de 30 de dezembro de 2009.
O grande impasse no São João é, justamente, pela reivindicação dos cantores paraibanos para que haja mais forró na festa, em vez das bandas de forró estilizado e as duplas de sertanejo universitário.
No início deste mês, A cantora Elba Ramalho, um dos ícones do São João nordestino, criticou a programação de Campina Grande, na Paraíba, e reclamou do espaço tomado por artistas da música sertaneja nas grades juninas. Alcimar Monteiro também fez declarações em defesa da cultura paraibana. Do outro lado, o secretário de Comunicação de CG, Marcos Alfredo, defendeu a programação repleta de sertanejo e bandas de forró estilizado.
Créditos: Polêmica Paraíba