Estamos vivendo essa experiência  de ter um governador com viés autoritário montado através uma imposição de Cássio aos paraibanos para se vingar pessoalmente do PMDB e de José Maranhão.

Misturado a um pouco de reflexão, essa sanha de Cássio encontra terreno fértil através uma ignorância avassaladora política dos paraibanos que nas últimas eleições, insistem na escolha entre o menos ruim e o pior, transformando a Paraíba em tábula rasa das instituições democráticas, onde o eleitor topa qualquer aventura autoritária.

O rolezinho de Cássio nesses últimos dias é rever a sua história política,  vendida como de um homem vencedor que quase perdeu a eleição  2002 para um caminhoneiro de Guarabira (Roberto Paulino), ganhando com pouco mais de 50 mil votos.

Cássio lembra que em 2006, com a  máquina na mão, sofreu bastante para derrotar José Maranhão por uma diferença de apenas 59.180 votos. Outro ponto que deixa Cunha Lima aflito em suas avaliações são as quatro derrotas em Campina Grande. Em 2004, como governador e a chave do cofre na mão, viu seu afilhado Rômulo perder no primeiro e segundo turno para Veneziano Vital do PMDB. Em 2008, voltou a insistir com Gouveia e voltou a perder nos dois turnos para o cabeludo.

Parece mais que claro nunca que a eleição que se aproxima será polarizada e plebiscitária entre o cordão que apoia Ricardo e a oposição liderada por Veneziano. Qualquer decisão de Cássio beneficiará diretamente Veneziano. Aliás, a adesão do PSDB ao projeto de Ricardo nos próximos dias, será um revival do que foi feito com Cícero Lucena naquele episódio das bolas de gude com óleo diesel, com uma diferença, desta vez será o povo que utilizará areia com urtiga no fiofó dos traidores.

A difícil decisão de Cássio parte do principio que ele não é mais aquele galinho novo de Campina. Já age como um galo velho, que para manter a vantagem da corrida de volta para o galinheiro sabe que terá de fazer um esforço danado, pois anda sendo alcançado em seus sonhos pelo pinto mais mais novo do terreiro de Borborema.