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Se cassada pelo Senado, Dilma vai perder time de 'escudeiros'

imageSe embarcar de volta a Porto Alegre, depois de quase seis anos como presidente da República, Dilma Rousseff não terá a companhia de seu principal e mais fiel assessor. O gaúcho Giles Carriconde Azevedo, 54, decidiu ficar em Brasília caso o impeachment seja confirmado pelo Senado.

A justificativa dele é simples: estabeleceu sua vida na capital, seus dois filhos estão na escola e sua mulher, psicóloga, tem consultório na cidade. Amigos próximos, porém, preferem uma sentença mais bem humorada. Após mais de duas décadas como braço direito da petista, Giles “precisa de férias” de Dilma.

Tímido e avesso a jornalistas, o geólogo é concursado do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), mas assegura que não pretende voltar para lá.

É Giles que coordena os trabalhos no Alvorada de equipe de pouco mais de dez pessoas que acompanhou Dilma após seu afastamento, em maio. Lidera o time de escudeiros que ficaram com Dilma até a provável queda dela, na próxima semana.

Entre os que se apresentam diariamente, há 106 dias, na residência oficial da Presidência estão dois personagens que se tornaram folclóricos: Jorge Messias, o “Bessias”, assessor que ficou conhecido após seu nome ter vazado desta forma em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, e Sandra Brandão, a “Google do Planalto”, que concentra dados sobre ações do governo.

A tropa conta ainda com o fotógrafo Roberto Stuckert, o jornalista Olímpio Cruz, Paula Zagotta, responsável pelas redes sociais de Dilma, Daysi Barretta, que coordena a agenda, e o quarteto formado por Marly, Deise, Suli e Bruno, assessores pessoais.

Primeira a chegar e última a sair quase todos os dias, Marly é quem cuida do cardápio e da organização das roupas e do quarto de Dilma. Já os outros três tratam das ligações, e-mails, contas pessoais e impressão de documentos.

Cinco ajudantes de ordem –dois do Exército, dois da Marinha e um da Aeronáutica– fecham o grupo.

DIVISÃO

Sob os olhares dos oficiais, estão as salas da equipe administrativa, viradas para a piscina do Alvorada, enquanto os escritórios de frente para o jardim são ocupados por Giles, Messias e ex-ministros.

Dilma faz visitas esporádicas a essa parte da residência oficial, pois costuma ficar na área privada ou receber convidados na biblioteca e na Sala dos Estados, quando são reuniões mais formais.

Entre os mais assíduos no Alvorada estão os ex-ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Eleonora Menicucci (Mulheres), Miguel Rossetto (Trabalho) e Aloizio Mercadante (Educação).

OS ÚLTIMOS ESCUDEIROS

Auxiliares que acompanham Dilma no Alvorada e se mantêm a seu lado no afastamento

> Ex-ministros
José Eduardo Cardozo (AGU): advogado de Dilma

Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Eleonora Menicucci (Mulheres), Miguel Rossetto (Trabalho) e Aloizio Mercadante (Educação): participam das articulações e estratégias políticas da presidente afastada

Katia Abreu (Agricultura): atual senadora pelo PMDB-TO e amiga de Dilma

> Servidores
Giles Azevedo: coordena as atividades do Alvorada

Jorge Messias, o “Bessias”: auxilia em questões jurídicas

Sandra Brandão: concentra dados sobre políticas públicas do governo Dilma

Olímpio Cruz: comanda a assessoria de imprensa

Paula Zagotta: responsável pelas redes sociais de Dilma

Daysi Barretta: coordena a agenda da petista

Roberto Stuckert Filho: fotógrafo oficial

Marly Ponce Branco: cuida da parte pessoal de Dilma, como organização do quarto e do armário de roupas

Maria da Solidade de Oliveira Costa (Suli), Deise Ramos e Bruno Monteiro: Fazem a assessoria administrativa como ligações, e-mails, contas pessoais, documentos etc.

Ajudantes de ordem: dois do Exército, dois da Marinha e um da Aeronáutica

Fonte: Folha de S. Paulo