Objetivo é esconder o fato

ROUBO DOS 600 MIL NO MANGABEIRA SHOPPING: Roberto Santiago se nega receber proprietários da Loja Turmalina Joias que foi roubada na madrugada

A família da vítima enfatizou a preocupação da Administração do Shopping em não tornar o caso público. Eles alegaram que no dia da perícia, evitavam que a movimentação fosse vista pelas pessoas que passeavam pelo Shopping. O sobrinho de Selma afirmou que a princípio imaginou a ação seria para não atrapalhar as investigações, mas notou que havia uma preocupação maior com a imagem da empresa.

 

O roubo a uma joalheria, localizada no Mangabeira Shopping, na Zona Sul da capital paraibana, deixou além do prejuízo avaliado em cerca de R$ 600 mil reais, uma sequência de transtornos à proprietária. Familiares da empresária Selma San, dona da Turmalina Joias, conversaram com o Portal T5 para falar sobre o caso.

No último dia 2 de junho, por volta das 23h05, minutos após o fechamento das lojas, três mulheres arrombaram a porta da joalheria. De acordo com informações de Álamo San, sobrinho de Selma, uma das mulheres entrou, foi direto no local onde as joias eram estocadas e saiu levando os produtos. Para tentar apagar rastros, as mulheres fecharam a porta com um outro cadeado. A ação durou cerca de cinco minutos.

O roubo foi percebido no dia seguinte, quando uma das funcionárias tentou abrir o cadeado. A polícia colheu depoimentos, além de fazer uma perícia no local do crime e dizer que pode se tratar de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. A investigação segue em andamento.

A família da vítima enfatizou a preocupação da Administração do Shopping em não tornar o caso público. Eles alegaram que no dia da perícia, evitavam que a movimentação fosse vista pelas pessoas que passeavam pelo Shopping. O sobrinho de Selma afirmou que a princípio imaginou a ação seria para não atrapalhar as investigações, mas notou que havia uma preocupação maior com a imagem da empresa.

“Quando aconteceu o fato, a maior preocupação do Shopping é que isso não fosse divulgado. No momento da perícia, quando os agentes estavam no interior da loja com luvas, eles não queriam que quem estivesse com luvas saísse do estabelecimento para não chamar a atenção dos clientes. No começo até concordamos que eram medidas para não atrapalhar as investigações,  mas depois percebemos que eram estratégias para não tornar o caso público, percebemos que a única intenção era preservar o shopping”, disse Álamo.

A administração e até mesmo o proprietário do Shopping, o empresário Roberto Santiago, foram procurados por Selma e por seus familiares. O que eles alegam é uma apatia por parte do empresário em recebê-los para falar sobre o roubo.

“A gente procurou o dono do Shopping, o Roberto Santiago, que em outras ocasiões sempre recebeu a gente muito bem, da gente ficar até horas conversando com ele no escritório. Depois do ocorrido, a gente foi atrás do Roberto, ele estava em uma reunião e disse que não poderia nos receber. Isso ficou muito marcado. A gente ficou muito chateado com isso, pela gravidade do que aconteceu e por ele ser o dono do Shopping é a pessoa que deveria dar atenção”, desabafou uma das vítimas.

Além disso, eles alegaram em uma das tentativas de procurar o empresário em seu escritório, foram informados que ele estaria em uma reunião. Apesar disso o encontraram nas dependências de uma de suas empresas mas não conseguiram um diálogo.

“Não sei se foi uma estratégia dele ou alguma coisa para se ausentar da responsabilidade. Ele não recebeu a gente. Fomos ao escritório, na administração do Shopping e ele disse que estava em uma reunião e que não poderia atender. Saímos da administração e fomos tomar um café, dentro do Manaíra Shopping, quando nós olhamos o Roberto Santiago estava conversando com uma outra pessoa ali nas dependências. Minha tia foi até ele e ele não deu a mínima atenção. Ela pediu para marcar para conversar e ele falou que não poderia e que estaria ocupado”, disse Álamo, sobrinho da proprietária da joalheria.

A partir de então, Selma diz ter notado que o empresário não queria recebê-la.

“A gente viu que tinha mentira ali, que realmente ele não queria nos receber. Eu não sei se é uma estratégia dele para se esquivar da situação. Nos sentimos humilhados pelo Roberto Santiago, porque ele não nos atendeu. É um caso que o dono teria que se sensibilizar para, no mínimo, conversar com seu lojista. Ele não deu uma só ligação para se solidarizar com a situação. Sempre pagamos em dia quase R$ 8 mil de condomínio para o Shopping Mangabeira”

Um fator agravante, apontado pela família, foi a cobrança da manutenção da porta da loja, que foi danificada na ação criminosa. A família solicitou ao shopping o conserto da porta para que a loja pudesse ser fechada. O serviço foi realizada, no entanto a família diz ter sido cobrada pelo serviço.

“Durante o roubo a maçaneta da porta da loja foi quebrada. Pedimos para que uma pessoa da manutenção do shopping consertasse, para que pudéssemos fechar a loja. Após o conserto da fechadura, o serviço foi cobrado pelo setor de manutenção do Shopping. Foram coisas que ultrapassaram qualquer limite da ética”, desabafou Álamo.

Fonte: Polêmica Paraíba com portalt5
Créditos: Polêmica Paraíba com portalt5