Bruno Filho

Desde que eu aprendi um pouco do que sei com relação a assuntos gerais, existem algumas coisas que não mudam nunca. Passa ano e entra ano e as notícias vindas de alguns lugares são sempre as mesmas. Chega uma hora que passa do limite, sobe na “tampa” como se diz na gíria, e não existe nada para fazer a não ser tomar providências drásticas.

Temos um vizinho aqui na América do Sul, sofrido por sinal por uma parte de culpa nossa também que dá um trabalho muito grande as autoridades constituídas. Falo do simpático Paraguai, o encalacrado país guarani, sem saída para o mar e que depende de suas fronteiras terrestres para sobreviver. Não foi sempre assim. No século 19 era uma grande potência até ter 80% de sua população masculina arrasada pelos brasileiros , argentinos e uruguaios em conjunto.

De lá a esta parte nunca mais se acertou. Ficou sendo o primo pobre da história e apelou para economias digamos não muito corretas e sua fama se espalhou pelo mundo inteiro. Virou até sinônimo de coisa ruim…é comum chamar algo que não é original de “paraguaio” seja bebida, vestimenta, aparelhos eletronicos e tantos outros artigos.

Se fosse só isso muito bem, mas não pára por aí, envereda pelo campo dos crimes e toda hora acompanhamos matérias com cameras escondidas de reporteres investigando as falcatruas vindas daquelas terras. E não se faz nada. Poderia se fazer, mas a corrupção não deixa, não permite, e exemplos cansam de aparecer diariamente e claramente.

Será que os policiais aduaneiros não sabem que os onibus que vêm do Brasil, de qualquer lugar que seja não carrega turistas ? Será que é dificil perceber que as pessoas vão até la para comprar mercadorias sem nota contrabandeadas para vender por aqui ? Será que é tão dificil entender que ninguém vai passear em Ciudad del Leste ? Que ninguém ou a grande maioria não vai para visitar as Cataratas ?

Ora, chega de hipocrisia. Vamos resolver de uma vez por todas. A “bola da vez” agora é a dinamite. A terrivel dinamite que explode caixas eletronicos, bancos, agencias de correios e quetais. Não escrevo por “pena” de prejuízos das instituições pois as mesmas não estão nem ai para tudo isso, são cobertas por altos seguros, mas pela idoniedade que deveria sempre ser preservada.

Nos programas que faço, nas colunas que escrevo sempre questionei de onde viriam as fatídicas bananas explosivas…aí esta a resposta. São comercializadas lá no citado país. Não só em Ciudad del Leste como em Pedro Juan Caballero, outro local aonde não encontro nada de produtivo e de bom para a humanidade. Só drogas, carros roubados, contrabando, máfias de tudo quanto é jeito.

Gente da Paraíba comprando dinamite no Paraguai…vamos dar um basta em tudo isso. Afinal o povo não é idiota, tem um momento que cansa. É preciso a Rede Globo em âmbito nacional colocar o assunto em destaque para que pensemos na solução. Está mais claro do que a luz do meio-dia. É só ter força de vontade política para resolver a questão de uma vez por todas.

Nada contra o humilde povo paraguaio, não tem muito a ver com isso. Minha revolta é com o descaso e com a soberba de tentar passar a frente a idéia de que tudo isso não passa de uma grande surpresa. Estas cidades deveriam ser tiradas do convívio sul-americano até para que a América seja respeitada, coisa que não é, infelizmente esses vizinhos não servem para absolutamente nada.

Numeros divulgados falam em economia baseada no turismo…pelo amor de Deus, chega de hipocrisia, turismo de quê ? Baseada é no contrabando, em comprar algo que vale 100 por 20 e revender aos incautos. É comprar e ter problemas… e isso movimenta bilhões de reais. Vou dar uma dica. Ninguém vai passear no Paraguai…Captaram ? Ou é muito difícil.

Bruno Filho, jornalista e radialista, aceita tudo…á excessão da tentativa de ser feito de imbecil.