Lena Guimarães
No dia 13 de fevereiro tivemos dois fatos marcantes: o PSDB anunciou reunião de sua Executiva para decidir sobre consulta às bases e o vice-governador Rômulo Gouveia, antecipando-se a qualquer decisão do conterrâneo Cássio Cunha Lima, declarou que acompanharia Ricardo Coutinho, com o tucano sendo ou não candidato a governador.
De lá para cá, Ricardo impôs outras perdas a Cássio: conseguiu que o PV do Sargento Denis declarasse apoio incondicional a sua reeleição, confirmou PT do B de Genival Matias, assegurou o apoio do ex-prefeito Carlos Antonio (Cajazeiras), e agora divide a família Cunha Lima.
Ricardo não só manteve em suas fileiras Hélio Cunha Lima (diretor do DER), como teria conquistado o apoio do tio de Cássio, Renato Cunha Lima, que foi a manchete do final de semana do ‘MaisPB’e de vários outros portais com a afirmação de que “Campina Grande não gosta de traíra”, que teria feito em evento no Brejo, onde também defendeu a opção de Rômulo.
Ricardo está desmistificando a força eleitoral de Cássio Cunha Lima, que saiu como o grande vitorioso das eleições de 2010, isso apenas 19 meses após sua cassação?
Conversei com políticos experientes, alguns aliados e outros adversários do tucano. Eles chamam atenção para o fato de que Cássio ainda não entrou em campo, embora esteja se aquecendo para o jogo político. Sustentam que entre as liderancas reina a crença de que é aliado confiável, e por isso não descartam que esteja combinando com muitos uma estratégia que só ficará clara com as convenções, em junho.
Esses também apontam que houve um “freio” no que diz respeito a adesões de partidos a Ricardo, depois do PSD e PV. As siglas com tempo de propaganda e peso eleitoral estão jogando as decisões para mais adiante, algumas decidindo também ‘consultar as bases’, a exemplo do PSDB.
Enquanto isso, Cássio participará de eventos tucanos em 10 cidades-polo, que lhe darão a oportunidade de conversar com as lideranças regionais, e principalmente com os eleitores, para em seguida dimensionar, com pesquisa, seu potencial. Só depois, se estiver cacifado pelos números, irá para o corpo a corpo pelos partidos com Ricardo.
Nesses 25 dias de confronto, Ricardo conquistou vantagens, mas Cássio não pode ser subestimado, principalmente quando ainda nem começou a falar como candidato.
TORPEDO
O Brasil está entre os cinco países que mais investimentos produtivos registrou no ano de 2013. E queremos que a Paraíba entre definitivamente na agenda de desenvolvimento.
Do dirigente petista Rodrigo Soares, sobre o projeto que o bloco PT, PP e PSC pretendem defender na campanha deste ano.
Bloco focado
Rodrigo Soares garante que o bloco PT, PP e PSC continua empenhado no objetivo de construir um palanque forte para Dilma, colado com um novo projeto para a Paraíba. E que espera incluir outros partidos da base nesse projeto.
Conversas
No sábado, ele conversou demoradamente com o ministro Aguinaldo Ribeiro, que é vice-presidente estadual do PP. Amanhã, tem encontro marcado com o deputado federal Leonardo Gadelha, pré-candidato do PSC ao governo.
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Entenda
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Como cada licença custa R$ 30 milhões, o governo pode arrecadar R$ 3,3 bilhões no próximo ano. A partir de janeiro, as casas de apostas autorizadas que pagarem a taxa poderão operar até três marcas durante um período de cinco anos.
Acusações
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Clima quente
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ZIGUE-ZAGUE
+ A presidente do sindicato dos Agentes comunitários de Saúde, Célia Marques destacou a atuação do deputado Trócolli Júnior pela regularização dos seus empregos.
+ O deputado parabenizou o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e o secretário Adalberto Fulgêncio, pela solução, buscada há mais de uma década pelos servidores.
+ “Depois de tantos anos finalmente João Pessoa tem um gestor que valoriza o trabalho dessas pessoas e, mais que isso, garante a elas direitos que nenhum outro garantiu”, disse.
Mais um?
No meio de uma longa lista de autoridades presentes à assinatura de ordem de serviço para recuperação de uma estrada em Pilões, ocorrida no sábado, o cerimonial registrou o nome do deputado Antonio Mineral, do partido de Cássio Cunha Lima (PSDB), que aplaudiu a ação de Ricardo Coutinho ao lado dos colegas Hervázio Bezerra, João Gonçalvez e Tião Gomes, além do ex-deputado Genival Marias e uma dúzia de prefeitos do Brejo.
PONTO FINAL
Do vice-presidente da República, Michel Temer, sobre a crise do PMDB, o seu partido, com o PT: “Não é A, nem B ou C, nem sou eu quem vai dizer se o partido vai para um lado ou para o outro. É a convenção nacional que decide o que deve ser feito com o PMDB”.
