Ricardo e a sua grande e maior responsabilidade

João Manoel de Carvalho
Entres os seus desafios de que se investiu, ao assumir o Governo do Estado a 1º de janeiro de 2011, a grande e maior responsabilidade do governador Ricardo Coutinho é a de retirar a Paraíba do atraso e da paralisia econômica e fazer integrar os paraibanos num processo contínuo de desenvolvimento capaz de lhes resgatar a dignidade perdida.
Todos os que acompanharam a vida pública do governador, desde os primórdios, quando comandava os movimentos sociais, através de uma intensa atividade sindical, estavam convencidos de que a sua ascensão à primeira magistratura do Estado estaria vinculada ao desejo geral de renovação dos costumes políticos e sua principal tarefa e seu maior compromisso seriam o da recuperação moral e política da vida pública paraibana.
Agora, ao completar o primeiro ano de administração, os compromissos político-partidários assumidos na campanha dificultaram grandemente o seu projeto de recuperação tão desejado pela sociedade paraibana, mas não frustrou de todo a expectativa dos paraibanos em torno de uma reversão de fundo dos costumes políticos até então predominantes no Estado.
As oposições paraibanas não compreenderam, ainda, que o grande problema da Paraíba não são os deslizes e desvios de conduta das suas degradadas lideranças políticas que conduziram a Paraíba a esse estágio de pobreza e atraso e impuseram ao seu povo um processo monstruoso de indigência social.
O grande e maior desafio que se apresenta à frente do governador é retirar o Estado desse quadro impiedoso de retratação e transformá-lo num celeiro de obras e empreendimentos que criem empregos e renda suficientes para conter e estancar o assustador processo de empobrecimento do povo paraibano.
Se restasse um pouco de espírito público às oposições paraibanas, elas já teriam compreendido a situação e, sem declinar do seu papel de fiscalizar o Governo, com o rigor e a contundência exigida e já teria oferecido parceria àquelas diretrizes e projetos de administração estadual que tivesses a mínima pertinência e compatibilidade com o projeto inadiável de desenvolvimento econômico da Paraíba.
Dessa forma, as oposições deixariam de ser as oposições odientas e raivosas, que são hoje e se transformariam numa oposição construtiva, sem abrir mão nem eximir-se do seu papel e do seu dever institucional de fiscalizar todos os atos do Governo.
De qualquer forma, o governador Ricardo Coutinho deve estar consciente da alta responsabilidade de que está investido e, muito provavelmente, não afastará a administração estadual, um só momento, desse desiderato de transformar econômica e socialmente, a Paraíba, através de ações concretas que impliquem o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida de todos os paraibanos.