RC divide paternidade do Centro de Convenções

Ao inaugurar, ontem, a primeira etapa das obras do Centro de Convenções “Poeta Ronaldo Cunha Lima”, no Cabo Branco, o governador Ricardo Coutinho dividiu a paternidade do empreendimento com outros administradores, observando que ele foi pensado, sonhado e feito por muitas mãos. Com a presença de um grande público e show do cantor Zé Ramalho, o governador entregou o Salão de Feiras e Eventos, com área de 21 mil metros quadrados e mirante. O restante da obra estará concluído em junho de 2013. “Hoje nasce mais um símbolo da Paraíba”, entoou o governador no discurso de improviso, salientando que foi preciso tomar medidas de austeridade financeira, que atingiram, inclusive, cortes no quadro de pessoal, para que prevalecesse o interesse do Estado e não o interesse de meia dúzia de pessoas. O senador Cássio Cunha Lima representou a família e agaradeceu o gesto do governador, homenageando o poeta Ronaldo. “Agora é hora do Turismo ir mais longe”, salientou Cássio, alertando que a Paraíba necessitava muito desse equipamento para impulsionar o segmento turístico e prevendo que grandes hoteis já estão sinalizando bandeiras importantes para se integrar ao empreendimento.

Na opinião de Cássio Cunha Lima, o equipamento irá consolidar a costa do Cabo Branco. Ele reconheceu que o projeto foi bem idealizado e concebido na gestão do ex-governador Tarcísio Burity e atraiu o empenho de outros gestores. O vice-governador Rômulo Gouveia também destacou a significação do Centro de Convenções, “que vai fortalecer uma das atividades mais importantes da economia, cujo potencial de crescimento é inegável, que é o Turismo”. E acrescentou: “Quando todo este complexo estiver pronto, o turismo de negócios passará a ter um reforço de infraestrutura para eventos que anteriormente não eram carreados para João Pessoa por falta de espaço adequado”. Mesmo não comparecendo às cerimônias, o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, postou mensagens no Twitter lembrando que seu quinhão de contribuição está fincado na obra. Como arquiteto, Luciano atuou na concepção do Polo Turístico Cabo Branco, onde está o Centro de Convenções. Ricardo Coutinho, ao elencar as medidas de austeridade que adotou para viabilizar obras como a que foi entregue parcialmente, enfatizou: “Fiz tudo isso e faria novamente em nome do interesse dos paraibanos”.

No seu artigo publicado na edição do jornal oficial “A União”, o chefe do Executivo manifestou a convicção de que a Paraíba deverá sair, a partir de agora, do campo das intenções, e avançar em busca de aperfeiçoamentos necessários. “Estou governador do Estado por delegação expressa da população para promover os avanços ansiados e zelar pelo patrimônio e recursos públicos. Este é o tom, a ordem estabelecida. Por isso, tudo o que estiver ao alcance real desta gestão será feito, de inovador, reparador, restaurador ou finalizador. É assim que deve ser, legal, moral e politicamente”. E adiantou: “O importante das proezas coletivas são os seus desdobramentos, pois o que se faz patrimônio efetivo de uma comunidade será, consequentemente, muito mais de cada um. O crucial é a ampliação da rede hoteleira e de todos os demais setores atrelados ao segmento turístico, numa cadeia produtiva que ressoará da mesa da artesã à rede do pescador, das cavernas do minerador ao roçado do camponês, do tablet do professor ao fone da operadora de call center…Refletirá em toda a sociedade, passando, com mais algum tempo, como de fato é, a ser absorvida por ela, como única e real detentora dos direitos autorais da saga do seu destino”.

Ainda disse o governador, no artigo: “Eu e minha equipe estamos fazendo a nossa parte nessa história. É o que nos cabe; nos limites da nossa força de trabalho e da nossa competência, da melhor forma possível, realizar. Com muita honra, a grata sensação do dever parcialmente cumprido e muito prazer em redesenhar a fachada da nossa casa, ao mesmo tempo que cuidamos com igual esmero do seu interior. Assim como convém. O Centro de Convenções da Paraíba já foi vontade, desejo, projeto, necessidade; agora é realidade, e em breve estará completo”. Segundo ele, a importância da operacionalização do referido equipamento, em termos de desenvolvimento, equivale, “numa mera analogia simbólica”, à instalação de uma montadora de veículos, de uma refinaria petrolífera ou até mesmo um complexo fabril de grande porte. Com as devidas proporções, considerando as naturais etapas que se sucedem a partir de agora, a região metropolitana que abraça a capital terá uma “fábrica geradora” de atrativos e prospecção de beneficiários, a perder de vista. Consumidores da nossa hospitalidade, encantos e produtos. Legado para netos e bisnetos”.

Do Blog com Nonato Guedes