O ex-governador Ricardo Coutinho chegou à sede da Polícia Federal em João Pessoa, na madrugada desta sexta-feira (20). Ricardo deve passar por audiência de custódia ainda nesta sexta.
Os agentes da PF usaram de estratégia para evitar o contato do socialista, que entrou pelo portão dos fundos do prédio, com os vários jornalistas que se aglomeraram em frente à entrada principal em busca de imagens ou de uma possível declaração.
Minutos antes, o filho de Ricardo Coutinho, Rico Coutinho, chegou à sede da Polícia Federal para deixar objetos pessoais do pai.
Ao deixar a sede da PF, o advogado Eduardo Cavalcanti, que faz parte da banca de defesa do ex-governador, falou rapidamente com a imprensa. Ele explicou que Ricardo Coutinho passou por todos os trâmites burocráticos ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal – Gov. Aluízio Alves, em Natal-RN, inclusive, pela Alfândega, que já realizou exame de corpo de delito, e que está tranquilo e confiante na sua inocência. Eles aguardam que a realização da audiência de custódia ocorra por volta das 10h, na manhã desta sexta-feira.
“Sim [acredita na inocência], é um procedimento de investigação que está no início e foi deflagrado com relação a ele [Ricardo Coutinho] apenas na última terça-feira. (…) Praticamente não falamos sobre [investigação]. Falamos mais sobre o cumprimento desse procedimento da prisão preventiva, e, da audiência de custódia. Ele já fez o exame de corpo de delito, acredito que por volta das 10h, ele passará por audiência de custódia”, disse o advogado.
A PRISÃO
O ex-governador Ricardo Coutinho recebeu voz de prisão ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal – Gov. Aluízio Alves, em Natal-RN, por volta das 23h34 desta quinta-feira (19). Ele deixou o local dentro de uma viatura da Polícia Federal, por saída lateral em direção à Superintendência da PF, em João Pessoa.
OPERAÇÃO CALVÁRIO
A denúncia que resultou na sétima fase da Operação Calvário, deflagrada na última terça-feira (17) para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra políticos e empresários, apresentou a hierarquização e divisão da suposta organização criminosa. São quatro núcleos divididos em político, econômico, administrativo e financeiro operacional.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) o ex-governador é apontando como chefe da suposta organização criminosa que desviou R$ 134,2 milhões de recursos da saúde e educação do Estado.
O MPPB afirma que as investigações apontam que Ricardo Coutinho tinha domínio sobre os demais poderes, incluindo o TCE-PB, que encobriu e ocultou em determinadas situações delituosas que eram centrais no modelo de negócio da estrutura criminosa.
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