A passagem da presidenciável Marina Silva (PSB) pela Paraíba, no último sábado (dia 13) foi, em vários sentidos, surpreendente. Primeiro, mesmo Marina estando tão bem nas pesquisas, seu principal aliado no Estado, governador Ricardo Coutinho, não conseguiu mobilizar um número compatível de militantes capaz de empolgar a candidata do PSB.

Não chegou a ser um fiasco, mas foi decepcionante, no dizer de um integrante da comitiva de Marina. Se a vinda de Marina não foi do agrado do PT estadual, Ricardo cuidou de azedar ainda mais: num discurso inflamado, ao lado de Marinha, o governador disparou sua metralhadora contra a presidente Dilma, a quem acusou de usar o discurso do medo para atingir a candidata do PSD/Rede.

E disse: “Querem (o PT) colocar para Marina o mesmo discurso do medo (em relação a Marina). O Brasil não tem medo. O Brasil tem medo é da situação em que se encontra… O Brasil tem medo é de desemprego… O Brasil tem medo é do retorno da inflação.” Petistas presentes foram surpreendidos com as palavras do governador e deixaram o local.

Interessante é que as declarações anti-Dilma dadas pelo governador ocorrem precisamente no final do prazo para a mudança de candidaturas majoritárias, que ocorre neste domingo (dia 14), quando se sabe que seu candidato ao Senado é do PT, Lucélio Cartaxo, e há uma pendência a ser julgada pelo TSE, sobre a aliança com seu partido, o PSB.

Para alguns petistas, o ataque de RC a Dilma soou como um aviso.