O governador Ricardo Coutinho terminou por sepultar definitivamente o tão famoso PACTO pela Paraíba, gestado e encaminhado, inicialmente, pelo deputado federal Ruy Carneiro, do PSDB.
A idéia, que diga-se de passagem era maravilhosa, bem intencionada, e tinha como objetivo unir a bancada federal e o governo do estado, em torno das questões mais cruciais para o desenvolvimento da coletividade, enfrentou “tombos” e boicote, mas a última “pancada” foi mesmo dada agora pelo próprio governador do estado.
Ricardo não quis nem saber dessa história de pacto. O combinado era que, após reunir as propostas da bancada e do governo, todos, o governador, os deputados e os senadores, sem distinção de cor partidária, teriam uma audiência com a presidente Dilma, para, juntos, formalizar a pauta da Paraíba.
A bancada dançou. E dançou sem ver a música. O governador marcou a audiência, não avisou a bancada federal, levou as propostas do estado e pousou para os holofotes. Ricardo deixou claro que não quer saber desse pacto, proposto pelo deputado Ruy Carneiro.
E no atual governo vai ser sempre assim. Ricardo é ele e ele próprio. Ele é quem manda, quem decide, quem domina. Nós, os súditos, apenas lhe devemos a saudação.
Neste governo, não existe senadores, deputados, secretários, vereadores, prefeitos, lideres sindicais. E o povo? Ora, esse é que não existe, não tem direito a nada.
E agora? Como fica o pacto do deputado Ruy Carneiro? Continua vivo? Ou desaparece, numa demonstração clara de que esse papo de união da classe política em defesa da Paraíba não passa do discurso?
Se os políticos estivessem realmente decididos a celebrar a união em torno dos anseios maiores da sociedade paraibana, a audiência com a presidente teria contado com a presença de toda a bancada federal. Mostraria mais força, mais solidez, mais envergadura.
A Paraíba faz questão de mostrar que é desunida, que não se une em torno dos seus interesses maiores. Uma pena para nós e um péssimo exemplo para os nossos filhos.