RIBEIRO E REGO NA DISPUTA MUNICIPAL
Por Júnior Gurgel
Os últimos acontecimentos da lava-jato, envolvendo o PP, são presságios para noites de angústia e dias de ansiedade para o Clã Ribeiro. Indiciado como réu no STF, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro terá que ter muita fibra, fé e sorte, para escapar incólume de um julgamento realizado por uma Corte com 11 ministros, que vive o seu pior momento de credibilidade na história da Justiça brasileira.
Ex-governador Ronaldo Cunha Lima preferiu renunciar, que enfrentar o STF, não por corrupção: tentativa de homicídio contra o ex-governador Tarcísio Buriti. O poeta foi precavido…
Pouco tempo depois, os ministros indicados pelo PT (seis) passando pelo crivo de Zé Dirceu, puseram não só ele na cadeia, mas os grandes símbolos da legenda como José Genoino, Delúbio Soares; da Igreja Evangélica como Bispo Rodrigues… Todos trancafiados na “Papuda” (presídio de Brasília), pelo escândalo do “mensalão”. Vinte e seis, dos trinta e oito denunciados e acusados pela PGR, foram condenados por corrupção ativo/passiva lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Isto nos bons tempos “petistas”, quando a legenda mandava no país – apoiada pela mídia profissional – que “abafou” o quanto pôde blindando o ex-presidente Lula e tratando a notícia de forma seletiva. Se na época as “redes sociais” tivessem o alcance de hoje, Lula teria sido impedido de governar.
Duas apostas exitosas do pepista Aguinaldo Ribeiro romperam o limite da “ambição”, e se transformaram em “ganância” compulsiva pelo poder. No primeiro mandato como deputado federal, alcançou a vice-liderança do PP. No segundo, ministro das Cidades. Com impeachment de Dilma Rousseff, líder do governo na câmara dos deputados, e principal cabo eleitoral que elegeu o atual presidente Rodrigo Maia. Em 2018, aumentou o lance, e elegeu sua irmã Senadora da República. Estava convicto que ocuparia qualquer ministério, pouco importando qual fosse o presidente eleito. Mas, foi Bolsonaro… Baixíssimo clero no parlamento, ignorado pelo PP.
O “mito” conhece de perto todo o “centrão”. Observou e sempre denunciou as “manobras” para ocuparem espaços e desfrutarem de privilégios do governo central. Perdida no Salão Azul se encontra sua irmã Daniella Ribeiro. Seu partido é o “abre alas” do “centrão”, o mais queimado por toda população brasileira, por obstruir a governabilidade em nome do toma lá, dá cá.
A legenda não conseguirá nada da gestão Bolsonaro. Para não encerrar a carreira política no Senado Federal, e ressarcir os custos do investimento em sua campanha feito por seu irmão, Daniella Ribeiro precisará de “poder de caneta”. Disputará ano vindouro o pleito municipal, partindo com uma boa performance: 103.870 votos obtidos nas urnas de 2018.
Quanto aos Regos, o destino é semelhante aos Ribeiros. Ministro do TCU ex-senador Vital Filho é réu da lava-jato em Curitiba (primeira instância). Terá mais chances para recorrer de quaisquer decisões desfavoráveis, vantagem que não desfruta Aguinaldo Ribeiro, que será julgado pela última (STF).
Acima desta, só a justiça Divina. Mas, o senador Veneziano Vital do Rego que sempre sonhou em ser governador, a passagem pela Prefeitura de Campina Grande é indispensável para alçar este voo. Vive o mesmo dilema de Daniella: está preso a uma legenda “demonizada” pelo governo Bolsonaro: PSB.
Que se faça justiça: Veneziano é um “estranho no ninho”. Nunca foi comunista, seus ancestrais não deixaram rastros nos caminhos trilhados pelas esquerdas, e se sente desconfortável em fazer um eventual papel de ridículo, representando um “contrão”. Senador Ney Suassuna – “suporte” de sua vitória – em entrevista radiofônica semana passada, afirmou que existe um acordo para Vené lhes ceder parte de seu mandato. A oportunidade pelo visto, seria logo agora em 2019.
Ney tem ligações com o governo Bolsonaro, não esconde sua pretensão em ajudá-lo no Senado Federal. É bom não esquecer, que o Prefeito Romero Rodrigues terá um candidato, quer seja um Cunha Lima ou não. Está muito bem posicionado nas pesquisas de aprovação de sua gestão e sonha também com o governo do estado (2020). A campanha será atípica.
Talvez semelhante ao que previu Albert Einstein, numa resposta “quebr
Fonte: POLEMICA
Créditos: POLEMICA