247 – O grupo Abril, que publica a revista Veja e pertence à família Civita, tomou uma decisão editorial que contribui para a escalada do ódio e do discurso fascista na sociedade brasileira.
No site de Veja e nas páginas da revista, Lula perdeu sua condição humana. Já não é mais retratado como uma pessoa real, de carne e osso, mas sim por um boneco alegórico, criado por seus agressores, vinculados a grupos de extrema direita.
Foi o que fez o site de Veja, ontem, ao noticiar que Lula será ouvido como informante num dos inquéritos da Lava Jato (leia aqui). O mesmo expediente foi usado na capa desta semana, em que, segundo a revista, a presidente Dilma Rousseff transfere a faixa presidencial ao mesmo boneco.
Internamente, Veja se repete na sua pauta preferida: atacar o presidente que deixou o Palácio do Planalto com os maiores índices de popularidade da história do País, com reportagens repetitivas como a do seu suposto apartamento no litoral paulista, chamado de “A Dinda do Guarujá”.
Nesta edição, Veja também conseguiu uma proeza: fingiu desconhecer os US$ 5 milhões de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, na Suíça, e não publicou uma mísera linha a respeito.