Retrospectiva: Esporte com altos e baixos...

Bruno Filho

Este foi mais um ano em que se disputou o maior evento esportivo da face da Terra os XXX Jogos Olimpicos de Verão, de volta a Londres depois de 64 anos em meio a uma festa gigantesca organizada pelos ingleses que ao final remeteram as “argolas olimpicas” para o Brasil, a próxima sede.

Nosso país depois de um investimento milionário mandou à capital londrina 257 atletas, divididos em 135 homens e 122 mulheres visando a disputa de 32 modalidades esportivas. Terminamos na vigésima segunda colocação com a conquista de 17 medalhas, sendo 3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze.

Em meio a surpresas que ocorreram em algumas modalidades, tivemos enormes decepções, já que medalhas consideradas na conta dos dirigentes, escaparam das mãos dos atletas, numa demonstração de que nosso problema é muito mais emocional do que de preparação.

Uma delas, seria a de Diego Hypolito, o ginasta muitas vezes campeão do Mundo que mais uma vez na sua apresentação de solo escorregou e caiu sentado. Muito choro, pedido de desculpas, porém o simpático rapaz carioca esperou 4 anos para fazer a mesma coisa que havia feito em Pequim.

Outra decepção. A campeoníssima Fabiana Murer, que no salto com vara esperou uma temporada pré-olímpica inteira para repetir o fracasso. Em Pequim “perdeu” a sua vara de salto, dessa vez brigou contra o vento, que só atrapalhou o salto dela, deixou que todas saltassem com tranquilidade.

Mais uma. O supercampeão imbativel Cesar Ciello, ganhou todas as provas que antecederam os jogos. Não perdia uma etapa nos mundiais, quebrava recordes em cima de recordes. Pois sim…depois de muitos tapas dados em seu proprio peito antes da largada, não sei para quê, perdeu o Ouro.

São muitos exemplos. O futebol, derrotado foi a porta de saída para Mano Menezes na Seleção Brasileira. O Voleibol também claudicou e Bernardinho não conseguiu repetir outras competições. Hoje já não somos mais temidos nas quadras como eramos. Reformulação é a palavra de ordem.

Atletas veteranos tem que se aposentar definitivamente e não ocupar lugar de outros que estão surgindo. Juliana Veloso, Fabiana Molina, Joana Maranhão, Danielle Hypolito, Hugo Oyama, entre tantos outros recebam o nosso “Muito obrigado” e deixem a vida prosseguir.

Do lado positivo vamos destacar Arthur Zanetti, que ganhou Ouro nas argolas, inesperado. Adriana Araujo, medalha de bronze no inédito boxe feminino. No Pentatlo Moderno uma grande surpresa, a pernambucana Yane Marques que foi atrás de uma medalha dificílima.

Falta muito ainda para 2016, quando seremos os afitriões. Precisamos melhorar e principalmente fazer uma preparação de ordem psicológica para termos tranquilidade na hora de decidir. O Comite Olimpico afundado em denuncias terá que arrumar tempo para organizar o verdadeiro esporte.

No futebol, sempre assunto, é claro o destaque foi o argentino Lionel Messi, quebrando marcas que terminou o ano com 91 gols marcados, tornando-se assim o maior artilheiro em toda a história do centenário futebol no período citado, além de ter sido eleito o melhor de todos os futebolistas mais uma vez.

Por aqui, o ano foi do Corinthians que conquistou pela primeira vez a Taça Libertadores da América e logo em cima do temível Boca Juniors. Conquistou também o Mundial de Clubes no Japão sobre os ingleses do Chelsea e trouxe o troféu pela segunda vez para sua galeria.

Os paraibanos tiveram o Campinense como Campeão Estadual, o CSP campeão da Copa da Paraíba, regulares campanhas nos campeonatos Brasileiros das series C e D, briga do Treze na Justiça com vitória até agora e o destaque de Hulk no cenário internacional.

Começaremos o ano mais uma vez sem um Estádio adequado para jogar na Capital, já que o “Almeidão” foi interditado pelo Ministério Público e os pessoenses terão que se amontoar nas acanhadas dependencias da simpatica “Arena da Graça”, principalmente os torcedores do Botafogo que querem o título depois de 10 anos.

Bruno Filho, jornalista e radialista, o certo seria noticiar e escrever sobre uma grande reforma no simpático Estádio.

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