Retrospectiva: Desastres Naturais ou não...

Bruno Filho

Como acontece todos os anos, a natureza dá demonstração de sua força e castiga regiões do Mundo fazendo vítimas mesmo nos locais mais avançados e modernos com alta tecnologia e preparados, teoricamente, para enfrentar os fenomenos. Na prática não é bem assim.

Nesta temporada, com a bondade Divina não tivemos grandes e fenomenais terremotos e consequentemente o mal do novo milênio que é o Tsunami. A Terra tremeu bastante em vários locais até no Brasil novamente, mas não de forma catastrófica como em anos anteriores cenas que ainda povoam nossa memória.

O maior deles foi registrado em 11 de abril no Oceano Indico, não trouxe muitos danos materiais e nem humanos, mas foi sentido por 7 dias na Europa, EUA, Africa e na America do Sul. um dos mais longos de toda a história da humanidade. Por consequencia tornou-se estranho e provocou apenas um pequeno Tsunami sem maiores consequencias.

Então o maior desastre natural ficou mesmo por conta do Furacão “Sandy”, que devastou paises da América Central, principalmente as Ilhas do Caribe e chegou aos Estados Unidos fazendo mais de 100 vítimas fatais na Costa Leste e causando um prejuizo de bilhões de dólares, alem de desalojar mais de 600 mil pessoas.

O grande desastre aqui no Brasil, continua sendo a seca rigorosa que assola todo o Nordeste, matando mais da metade dos rebanhos, exterminando 80% de toda a produção agricola e deixando com fome e sede seres humanos que aguardam soluções há dezenas de anos. Sul e Sudeste as terriveis inundações em menor proporção.

Desmatamento prosseguiu, centenas de áreas do tamanho de “campos de futebol”, nova medida utilizada para ficar mais facil de entender, desapareceram de nosso mapa principalmente na Amazonia e no Pantanal, “pulmões” do Mundo, mas aí já outro tipo de desastre. Com a mão humana por trás.

Outros desastres que não foram naturais e sim provocados pela interferência do homem, originaram outras mortes por todo o Mundo. Como exemplo não poderiamos usar outro senão o cometido logo nos primeiros dias do ano em uma Ilha do Mediterraneo durante o que deveria ser um tranquilo Cruzeiro de férias.

O criminoso Capitão do transatlântico “Costa Concordia” Francesco Schettino, ao tentar fazer uma manobra de exibição acabou naufragando e provocando a morte de 32 pessoas, algumas permanecem com seus corpos desaparecidos. Inacreditavel para um mundo que é totalmente tecnológico, com aparelhos modernissimos que poderiam evitar tragedias.

Só não temos aparelhos que meçam a irresponsabilidade dos seres humanos, carregados de vaidade, orgulho e sem-vergonhice. O covarde italiano abandonou o seu barco e pulou ao mar antes mesmo de saber se seus comandados estavam a salvo. Cadeia para ele.

O pior de todos os desastres não aconteceu. Previsto pelos antepassados dos mexicanos os tais “Maias”, o fim do mundo não confirmou as expectativas dos incautos. Esperou-se ansiosamente o dia 21 de dezembro e nem uma virgula se modificou. O calendário terminou, os planetas se alinharam e continuou a mesma coisa.

Podem ter certeza de que quando acontecer algo parecido, se é que vai, não teremos ninguem para escrever uma retorspectiva. Não sobrará “pedra sobre pedra”, e nem louros serão oferecidos aos adivinhos pois não haverá tempo. O mundo mais uma vez teve uma prova de que com a natureza não se brinca. Apenas alguns exemplos.

Bruno Filho, jornalista e radialista, ano atípico. Poucas tragédias naturais em relação a anos anteriores…sinal de quê ?

[email protected]
Twitter: BrunoFComenta