Retrospectiva: Crimes Bárbaros, Com Armas ou Não...

Porém, se é que podemos dimensionar tragédias e crimes, os dois que chamaram mais a atenção e abalaram a opinião pública foram sem dúvida nenhuma os praticados em Pernambuco e em São Paulo. O de Caruarú envolvendo os Canibais de uma certa Seita malígna, que além de matarem inocentes, ainda comiam os corpos e utilizavam os mesmos em recheio de salgadinhos.

É de uma barbárie de tal ordem que não cabe nenhum tipo de comentário maior do que imaginar que em alguns momentos a tal Pena de Morte seria de bom grado, mesmo respeitando e aceitando a lei Divina que não permite que ninguém possa tirar a vida de ninguém. Porém é tão revoltante que me parece não ter solução um caso desse tipo.

Outro que ocorreu logo a seguir, refere-se ao assassinato e esquartejamento de um executivo da capital paulista, de uma tradicional companhia de alimentos e de origem oriental,com o nome de Marcos Kitano Matsunaga. O descendente de nipônicos foi morto pela sua mulher e em seguida colocado em duas malas de viagem e despejado nos arredores da cidade de Cotia.

Até agora não se tem noticias do motivo que causou esta desgraça, alguns dizendo se tratar de uma vingança motivada por ciumes de relacionamentos extra- conjugais do rapaz, outros definindo com culpada uma possivel herança. O que absolutamente não justifica esse motivo absolutamente torpe baseado no qual foi cometido esse crime.

Não podemos aqui descrever todos os crimes cometidos, queremos apenas lembrar que existiram também os crimes cometidos sem armas. Aqueles que são cometidos socialmente com o nosso sofrido povo, que continua morrendo de fome e sede em pleno seculo 21, ano de 2012, inacreditavel. Na epoca da mais pura modernidade, temos ainda inumeras cidades do Brasil que nem iluminação pública possui. Só um exemplo.

Pensar que existe alguém que ainda morre de fome e sede, num país que é considerado a quinta economia mundial e emergente é um contracenso. Conviver com tudo isso, inimaginável. Anos e anos passam e as coisas continuam as mesmas. Não se ve avanço a não ser alguns parcos favores que são concedidos para calar a boca dos descontentes, os que não são agraciados perla vida.

Como é “virada” de ano, sempre acreditamos que dias melhgores virão como por mágica. Ou seja, no dia primeiro de Janeiro, vamos todos acordar e as coisas estarão resolvidas, a mesa farta, moradia, trabalho e saúde. Não é verdade, mas temos que começar um dia e não deixar para lá, como se fosse apenas suficiente espanar uma cadeira que foi usada, sentar-se e tudo melhora. Não é assim, infelizmente.

Bruno Filho, jornalista e radialista, assustado com o gravidade dos crimes e a maldade que campeia.

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