Pelo menos onze ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram paradas por quase dez horas no estacionamento do Hospital Emergência e Trauma de João Pessoa, nas últimas 12 horas. O motivo foi a falta de macas na unidade para o atendimento e por isso os equipamentos dos veículos ficaram retidos desde o final da noite desse domingo (15). Até às 10h desta segunda-feira (17), sete veículos já tinham sido liberados, segundo o Samu.
“Durante todo o domingo (16), foram 10 ambulâncias paradas. Das 19h de domingo até às 7h desta segunda (17), seis ficaram paradas e até às 10h, e quatro continuam paradas no Trauma de João Pessoa porque as macas continuam retidas pela unidade”, revelou a assessoria de imprensa do Samu informando que os veículos prestam socorro em João Pessoa. “Ainda ficaram paradas outras do Corpo de Bombeiros e ambulância do interior”, disse o Samu.
Conforme relatos de funcionários do Samu, vítimas de acidentes e tentativas de homicídios tiveram que aguardar o atendimento na maca do serviço de urgência, o que atrasou a rotina dos profissionais e pode ter prejudicado outros no socorro de vítimas. Ainda alguns motoristas de ambulâncias, a situação já aconteceu outras vezes.
A direção do hospital garantiu que não há retenção de macas. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ocorre que em casos de pacientes graves e instáveis, o primeiro atendimento deve ocorrer nas macas das ambulâncias, sendo estas liberadas o quanto antes, conforme protocolo de atendimento hospitalar a pacientes graves, de acordo com portaria do Ministério da Saúde.
Ainda conforme a nota houve um aumento gradativo no atendimento nos últimos dias devido o não atendimento, segundo os pacientes, em outras unidades hospitalares sobrecarregando, portanto, o atendimento com pacientes fora do perfil do Hospital de Trauma de João Pessoa.
Em julho deste ano, a Secretária de Saúde do Estado anunciou que será exigida a regulação do perfil de pacientes que serão enviados ao hospital. De acordo com o secretário de estado de Saúde, Waldson Souza, o objetivo é evitar a superlotação na unidade hospitalar, e as retenções de macas das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel (Samu).
Portal Correio