De acordo com os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2017, divulgados na última quinta-feira, 18, das 4.725.330 redações corrigidas, um total de 309.157 tiraram nota zero. Entre os principais motivos estão redações em branco, fuga do tema e texto insuficiente. Este ano foram 17 mil zeros a mais que no exame de 2016, e apenas 53 candidatos alcançaram a nota máxima, número 80% menor comparado com o ano anterior.
Para o deputado estadual Anísio Maia (PT), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desportos da Assembleia Legislativa, este resultado poderia ser ainda pior: “Contra todos os princípios civilizatórios, o Judiciário permitiu o desrespeito aos direitos humanos, aos direitos humanos nas redações.”
O petista foi enfático ao analisar o resultado ao afirmar que “este é o retrato de um país que não lê”. “Que tipo de futuro teremos enquanto país quando milhares de pessoas terminam o ensino básico sem conseguir escrever uma redação?”, questionou. O parlamentar também acrescentou que é preciso cobrar o funcionamento do pacto federativo, segundo o qual, cabe aos municípios a responsabilidade pelo Ensino Fundamental e aos estados a responsabilidade pelo Ensino Médio.
“Durante os governos Lula e Dilma o orçamento da educação teve um aumento real de 218%, saindo de R$ 18 bilhões em 2002 e chegando R$ 116 bilhões em 2015. E esses recursos chegaram às prefeituras. Não conheço nenhuma cidade que não tenha recebido ônibus escolares, recursos para compra de equipamentos, recursos para construção de creches e escolas, para capacitação de professores, merenda escolar, etc. Temos um grande desafio que é aumentar a qualidades de nossos índices na educação e este desafio é suprapartidário e pertence a toda sociedade”, concluiu.
Fonte: Assessoria
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