O resultado da pesquisa Ipespe, encomendada pelo JORNAL DA PARAÍBA, sobre o desempenho da Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) dividiu os vereadores. O presidente da Casa, Nelson Gomes Filho (PRP), considerou positiva a avaliação feita pela população. Pelo menos, 13% dos entrevistados consideram como ótima e boa a atuação do Poder Legislativo, enquanto 36% classificam como ruim e péssima, na pergunta espontânea. Por sua vez, 34% dos entrevistados consideram regular a performance da Câmara e 17% não sabem ou não responderam.
“Se você somar o total de bom, ótimo e regular, chega a 47%.Esse percentual é superior a 36% de ruim e péssimo. Diante disso, avalio como positiva a pesquisa, até porque com base nela vamos trabalhar para ampliar o nosso trabalho”, frisou Nelson.
Gomes Filho alegou que a produção de projetos e requerimentos é grande, bem como de sessões e audiências para discutir os problemas da cidade. No entanto, a Câmara não pode fazer obras nem implantar programas sociais, já que são prerrogativas do Poder Executivo, assinalou o chefe do Legislativo campinense.
O vice-presidente da Câmara, Antônio Pimentel Filho, também fez uma avaliação positiva dos números. A exemplo de Nelson, ele considera o item regular como aprovação, bem como bom e ótimo. “A prova é que a maioria dos vereadores foi citada de forma espontânea na pesquisa de intenção de votos. Isso mostra que os entrevistados reconhecem o trabalho dos parlamentares na Câmara”, comentou Pimentel.
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NEGATIVO
Para o vereador Antônio Pereira (PMDB), os números totais são negativos. Ele justifica o que considera a baixa aprovação da Câmara ao fato de que a população não conhece a fundo o trabalho dos vereadores. “Eu só tenho a lamentar. A própria população tem tido a cada dia a ausência das informações. Qual a avaliação que se pode fazer de algo que não se conhece? É difícil”, comentou Pereira. No seu entendimento, numa divulgação massiva das ações do Legislativo, a avaliação seria positiva.
Já o vereador Fernando Carvalho (PTdoB) fez uma ponderação.
Embora considere que o item regular pode ser considerado como aprovação, ele vê como preocupante 13% de bom e ótimo. “Esse percentual baixíssimo diz respeito à sociedade nunca ter entendido qual o papel do Legislativo, e a Câmara nunca conseguiu se entender com a sociedade e dizer qual o seu papel”, frisou Carvalho.
Para ele, o vereador que participa das sessões e das comissões, apresenta inúmeros projetos e requerimentos muitas vezes não é considerado pela maioria como um bom parlamentar. “Já o que não participa das sessões e das discussões, mas faz um trabalho assistencial, é considerado um bom parlamentar”, pontuou Carvalho.
