Depois do anuncio do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) sobre prazo para “esperar decisão” do PT na Paraíba, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), revelou disposição em manter o diálogo com o PMDB, mas disse que não aceitará imposição de prazos para definição.
Cartaxo negou aproximação com o PSDB e disse que as indicações de vereadores tucanos para a administração municipal não tem relação com acertos de campanha: “Quando eu faço uma reforma eu me preocupo com o desempenho do ator político, eu não olho se ele está ligado a A, B ou C. Desde que assumimos que o vereador Marcos Vinícius está na nossa bancada, mesmo sendo do PSDB. Tanto ele quanto a vereadora Elisa Virgínia tem dado uma importante contribuição ao nosso governo”, ponderou.
Sobre a indicação de um nome do PPS, Cartaxo disse: “Bruno está na nossa base, faz parte da nossa aliança e inclusive temos o nosso vice Nonato Bandeira filiado ao PPS e que também já vem na nossa base desde o início da administração”, pontuou.
O prefeito garantiu que a união entre PT e PMDB é importante em nível nacional, mas que decisão estadual depende de diálogo: “A relação com o PMDB e PT em nível nacional, a presidente Dilma, o companheiro Ruy Falcão, eles tem um interesse enorme nessa aliança e nós achamos isso importante, legítimo e natural e o que o PT está dizendo aí é que quer continuar com os diálogos com PMDB. Existe essa expetativa de se chegar a construção dessa aliança com PMDB e os partidos da base aliada da presidente Dilma.”
O prefeito garantiu que ouvirá militantes: “Nós temos o costume de conversa e ouvir nossa militância, das espaço ao contraditório para só aí tomar uma decisão. Então, mesmo havendo uma orientação nacional, e nós estamos levando isso em consideração, mas nós temos uma dinâmica no Estado que é o que determina o tempo certo de construir essa aliança”.
Contudo, Cartaxo disse que não aceitará imposição de prazos: “A nossa disposição é de manter o diálogo, não é por conta de 10 dias, 15 dias ou um mês que vamos deixar de chegar a um consenso em relação a isso. A aliança é boa quando é uma aliança madura, que supera as divergências. E o PT quando faz aliança vai pra rua. Todo mundo veste a camisa e é isso que vai acontecer quando definirmos a aliança”, concluiu.
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